Ó Ministério Público Federal (MPF) apontou que Anna Saicali, ex-diretora da Americanasrealizou “manobras de proteção patrimonial” para tentar proteger seus ativos durante o curso das investigações sobre o fraude contábil da empresa. Ela é nomeada por Polícia Federal (PF) como um dos participantes no regime, juntamente com Miguel Gutiérrezex-CEO da rede de varejo.
Na semana passada, Saicali foi alvo de Divulgação da Operação. A executiva, que estava em Portugal, decidiu retornar ao Brasil na segunda-feira (1º), após ter seu mandado de prisão cassado.
Ao solicitar a prisão da ex-diretora, o MPF afirmou que ela era “parte fundamental da máquina, contribuindo para o fechamento fictício de resultados de empresas”.
O órgão disse ainda que a PF identificou que vinha “realizando manobras de blindagem patrimonial por meio da empresa Taboca Ventures Participações Ltda”. E que “direcionou grande parte do seu património, sobretudo imobiliário, para a referida empresa, deixando como remanescente apenas um imóvel que registou como património familiar”.
“Como os bens adquiridos estão vinculados aos lucros fictícios proporcionados pelas fraudes contábeis, é inexorável vincular a sua aquisição ao lucro oculto dos ganhos indevidos. Portanto, além dos crimes contra a mercado de capital, apresenta, em teoria, a prática de lavagem de dinheiro por parte do réu”, escreveu o MPF.
Segundo relatório da Polícia Federal, a empresa foi aberta em 2018 e também tinha como sócio o filho do ex-diretor, Antonio Saicali. Em janeiro de 2023, antes de a Americanas anunciar que havia encontrado “inconsistências contábeis” em seu balanço, teria doado a totalidade de suas ações ao filho, ficando com apenas uma ação (0,1% da empresa).
Imóvel no Leblon, região nobre do Rio
A investigação apontou ainda que permaneceu um único imóvel em nome de Anna Saicali, localizado no bairro de Leblon, no Rio de Janeirocuja inscrição foi registrada como bem de família no mesmo mês a empresa divulgou o fato relevante, já que, neste caso, o apartamento não poderia ser penhorado.
Para a PF, a “significativa movimentação patrimonial” da ex-diretora naquele mês “não parece ser mera coincidência, pois tudo indica que ela tinha pleno conhecimento da fraude”.
Assim como Anna Saicali, o ex-CEO Miguel Gutierrez também tentou proteger seu patrimônio após deixar a empresa. Segundo a Polícia Federal, o executivo tentou lavar dinheiro e ocultar seus bens para não ser vinculado a suspeitas de fraude na empresa.
“Offshores” em paraísos fiscais
O plano de Gutierrez de blindagem de bens foi detalhado por ele em anotações feitas em um iPad apreendido pela PF e que serviu de base para que os investigadores descobrissem movimentações suspeitas. O ex-CEO transferiu bens e propriedades para familiares, além de fazer remessas para os mesmos parentes e para “empresas offshore” sediadas em paraísos fiscais.
Para separar os bens de seu nome, Gutierrez também transferiu a propriedade para sua família. Entre os beneficiários desse movimento estavam a esposa do executivo e seu filho.
“Miguel Gutierrez planejou e está executando seu ‘desafio’, visando uma possível proteção patrimonial por meio de transferências de capitais, bens móveis e imobiliários. É importante destacar que Miguel também aparece separando suas empresas de si mesmo, transferindo-as para familiares e/ou outras empresas sediadas no exterior”, disse a PF, em relatório sobre o caso.
consignado para servidor público
empréstimo pessoal banco pan
simulador emprestimo aposentado caixa
renovação emprestimo consignado
empréstimo com desconto em folha para assalariado
banco itau emprestimo