O candidato do PRTB para Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçalesteve na 27ª edição do Bienal do Livro nesta quarta-feira (11) e – em tumultuada passagem pelo local – afirmou que o censura de livro está em seus planos se ele se tornar prefeito. “Qualquer coisa que distorça a produtividade, o crescimento e a liberdade também proibiremos. Nas escolas públicas, temos que ensinar as crianças a prosperar, a não se tornarem idiotas e se curvarem aos comunistas”, disse ele ao ser questionado sobre administrações estaduais que já retiraram livros da rede pública.
O ex-técnico afirmou que pretende convocar uma equipe de especialistas para avaliar quais títulos poderão ser banidos. “Tem que convidar muita gente para estudar isso, os livros que vão ser colocados e os que vão ser retirados. Mas com certeza haverá (a retirada) de livros que não fazem sentido na formação cognitiva de ninguém, que distorcem a ideologia”, acrescentou, negando que a medida constitua censura.
Uma multidão, formada em sua maioria por crianças e adolescentes, causou grande comoção em torno do “ex-técnico”, com empurrões, gritos e pilhas de livros no chão.
Marçal também ouviu vaias. Em resposta, o candidato colocava o dedo indicador sobre uma das narinas, sugerindo que os críticos estariam usuários de cocaína. A cada maldição, ele fazia o sinal e pedia aos seus conselheiros que lhe fornecessem um carteira de trabalhomas nenhum deles tinha o documento em mãos.
Antes do motim, Marçal foi questionado sobre o resultado das últimas pesquisas de intenção de voto, que o colocam no segundo turno da disputa.
Mais uma vez, o candidato desclassificou as urnas e disse que elas são apenas para quem está pagando por elas. Tanto nas pesquisas AtlasIntel quanto na Quaest, ambas divulgadas nesta quarta-feira, o candidato do PRTB aparece em segundo lugar, com 24% e 23% das intenções de voto, respectivamente.
O candidato também foi questionado sobre sua possível relação política com o presidente Luiz Inácio Lula da Silvaem caso de vitória eleitoral. “A relação é amigável, uma relação republicana. Para o povo, pediremos a ajuda deles. Se ele for um cara republicano e quiser ajudar, ele vai ajudar a cidade de São Paulo. Mas é claro que discordo da ideologia que ele carrega, que ele nunca resolveu nada. Mas depois da eleição ele é muito bem-vindo aqui”, afirmou.
Chorando, empurrando e xingando
A turbulência causada pela presença do “ex-técnico” na bienal gerou algumas divergências em relação à segurança do candidato e também do evento. Em uma delas, a professora de Educação Física Marcelo Vieira ele trocou empurrões e insultos com seguranças enquanto tentava tirar seus alunos, alguns chorando, da multidão.
Um dos adolescentes mais entusiasmados com a presença de Marçal — muito popular nas redes sociais —, o DF, de 14 anos, foi questionado sobre os motivos de sua admiração pelo candidato. “Não sei, é por causa da multidão.”
Nesta quarta-feira, Marçal também participou de audiência do jornal “O Estado de S. Paulo” e repetiu o que disse sobre Lula durante sua passagem Bienal. Ele disse que poderá formar uma parceria com o presidente caso ele seja eleito para administrar a cidade. Na sua resposta, Marçal citou especificamente a área de segurança públicauma das principais preocupações dos eleitores.
“A questão do relacionamento vai depender dele, sou republicano. Quando acabar a eleição, precisamos governar. Ele é o presidente do Brasil, não sou contra ele, estou lutando para que ele faça o certo coisas, para ele reduzir impostos como o Bolsonaro fez, que ele é um cara que não gasta tanto dinheiro quanto está gastando, que não interfere no Banco Central. Quero que dê certo, sou brasileiro. Lula, espero que você esteja bem e vou recebê-lo na cidade de São Paulo com a maior tranquilidade e precisarei da sua ajuda aqui para poder governar”, declarou.
O influenciador e empresário, como admitiu em entrevistas nas últimas semanas, age para “confundir”. Após confrontos com o campo bolsonarista, principalmente após o ato de 7 de setembro na Avenida Paulista, no último sábado, quando foi impedido de subir no carro de som onde o ex-presidente estava JairBolsonaro (PL), agora acena ao presidente, destacando, no entanto, as diferenças ideológicas entre eles.
Durante a audiência, Marçal também foi questionado sobre a atual relação com Bolsonaro. Ele disse que a relação é boa, mas que vai melhorar depois das eleições. O candidato oficial do ex-presidente – apesar do distanciamento da campanha – é o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), que busca a reeleição.
Sobre a possibilidade de Bolsonaro ter “ciúmes” pelo fato de Marçal ter dividido a direita na capital paulista, ele respondeu: “Um capitão do exército ter ciúmes de um homem não faz sentido.”
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