Falha na atualização do sistema de uma empresa de segurança cibernética CrowdStrike causou problema nos servidores da plataforma de computação em nuvem da empresa Microsoftchamado Azure, que afetou o funcionamento de diversas empresas ao redor do mundo, como companhias aéreas, bancos e bolsas de valores.
A Microsoft afirma que a causa do acidente cibernético foi corrigida, mas 365 aplicativos ainda foram afetados. Contudo, os efeitos persistem em vários sectores e o impacto económico do apagão ainda é desconhecido.
CrowdStrike é um dos maiores fornecedores mundiais de software de segurança de endpoint, usado por empresas para monitorar problemas de segurança em uma ampla variedade de dispositivos, desde PCs desktop até terminais de pagamento em caixas. O CEO George Kurz disse que o problema ocorreu devido a um “defeito de atualização de conteúdo” na plataforma Falcon, e não a um ataque cibernético.
“A Crowdstrike está trabalhando ativamente com seus clientes afetados por um defeito encontrado em uma única atualização para servidores Windows. Os servidores Mac e Linux não foram afetados; isso não foi um incidente de segurança nem um ataque cibernético. O problema foi identificado, isolado e o processo para consertá-lo está em andamento”, disse ele.
Ou seja, em princípio, não há risco de roubo de dados dos usuários ou das empresas que utilizam o serviço Crowdstrike ou servidores Windows. No entanto, há sinais de que este é um dos maiores apagões tecnológicos já vistos.
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O defeito teria ocorrido por volta das 3h no horário de Brasília, o que explica por que as empresas australianas foram as primeiras a alertar sobre os problemas, com operações de varejistas como Woolworths e 7-Eleven sendo atingidas. O Aeroporto de Sydney disse que “uma interrupção técnica global” afetou suas operações.
Depois foi a vez das companhias aéreas e dos aeroportos europeus alertarem para os problemas. Na Europa, a companhia aérea holandesa KLM afirmou que os problemas “tornaram impossível a gestão dos voos” e que suspendeu “a maior parte” das suas operações.
O Aeroporto de Praga disse que os problemas estão centrados na TI por trás do sistema global de check-in, que é a espinha dorsal das operações aéreas para decolagens. O Aeroporto Berlin Brandenburg disse que também foi atingido por “uma falha técnica” e que os passageiros atrasaram o check-in.
A Aena, principal operadora aeroportuária de Espanha, disse que “as operações estão a ser realizadas através de sistemas manuais” devido a um “incidente” no seu sistema informático. A Ryanair culpou na manhã de sexta-feira um “problema de TI de terceiros, que está fora do controle da Ryanair e afeta todas as companhias aéreas que operam na rede”.
A Administração Federal de Aviação dos EUA disse que Delta, United e American Airlines solicitaram a suspensão dos voos que estavam prestes a decolar. No total, quase 1.400 voos já foram cancelados em todo o mundo.
Segundo o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), o apagão não afeta os aeroportos brasileiros. “Recebemos notícias de que companhias aéreas de todo o mundo estão sendo afetadas em suas operações devido a um apagão cibernético. Até o momento, não tivemos nenhum impacto nas operações dos aeroportos brasileiros. Continuaremos monitorando junto ao @oficial_Anac para que nosso transporte aéreo não sofra prejuízos”, escreveu Costa Filho.
Embora os aeroportos do país não tenham sido afetados, o Azul informou que, devido à intermitência no serviço global dos sistemas de gestão de reservas, alguns voos podem sofrer atrasos ocasionais. A Azul informa que a recomendação é que os clientes com voos marcados para hoje e que ainda não fizeram check-in cheguem cedo ao aeroporto e se dirijam ao balcão de atendimento.
A Gol informou que seus sistemas e operações não foram impactados até o momento.
A Latam informou que até o momento a operação não registrou nenhum impacto devido à queda de sistemas relacionados à Microsoft em todo o mundo. A empresa recomenda que os passageiros verifiquem a situação do voo como medida de precaução no site da empresa.
Os canais digitais do Bradesco estão offline na manhã desta sexta-feira em decorrência do apagão tecnológico que atinge empresas de diversos países.
Segundo o banco, as equipes internas estão trabalhando para “regularizar o mais rápido possível”.
O Bradesco informou que os terminais de autoatendimento do banco funcionam normalmente.
O Nubank informa que o único impacto identificado até o momento devido ao apagão virtual global “está no funcionamento dos canais de atendimento, levando a um tempo maior do que o normal nas interações” entre o cliente e a instituição. Além disso, o banco afirma que “os seus serviços continuam a funcionar normalmente”.
Em nota, o Itaú Unibanco afirma que não foi afetado pelo apagão virtual global, e que seus serviços “continuam funcionando para seus clientes, que podem realizar operações financeiras normalmente”.
O Banco do Brasil informa ainda em nota que seus canais de atendimento funcionam normalmente.
Com agências internacionais
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