Quando jovens talentos em início de carreira e executivos e CEOs seniores de RH se reúnem na mesma mesa para discutir potenciais futuro para o trabalho e empresas, o pano de fundo da conversa certamente será o uso e evolução da tecnologia. Mas um tema que está acima de todas as incertezas das inovações tecnológicas é ainda muito mais humano: a comunicação.
Num evento que reuniu 310 participantes, de diferentes gerações, desde CEOs a estagiários, de diversos setores e indústrias, o Reunião de Líderes do Amanhã (ENLA), promovido pela Empresa de Talentos em parceria com o Singularidade, trouxe à tona temas relacionados ao futuro das empresas e às relações no trabalho. Divididos em grupos, jovens e executivos, eles levantaram temas sobre como a tecnologia pode transformar a forma como trabalhamos, o que devemos deixar para trás para abrir espaço para o novo e quais ações podem ser tomadas agora para moldar o futuro.
Nesta primeira rodada de discussões, as respostas do grupo giraram em torno do automação e eficiência, trabalho remoto e conectividade, inovação para criar novos empregos, abandonar velhos preconceitos e processos burocráticos. Também sobre abraçar a experimentação, a aprendizagem contínua e o esforço colaborativo.
Em segundo lugar, os jovens e os líderes, separadamente, foram convidados a utilizar três palavras para definir as suas expectativas. Os mais novos disseram o que esperam dos seus gestores e vice-versa. Para 149 representantes da nova geração, a palavra mais falada foi “escuta activa”Seguido pela confiança, abertura e empatia, entre outros. Os 89 dirigentes, por sua vez, disseram esperar da nova geração protagonismo, engajamento, comprometimento, resiliênciaentre outras palavras.
Nesse cruzamento de expectativas, segundo o fundador da Cia de Talentos, Sofia Esteves, é que há um dilema a ser resolvido. Por um lado, os jovens querem ser ouvidos e, por outro, os líderes esperam contar com o seu envolvimento e protagonismo. “Os jovens não se sentem ouvidos, como é que vamos envolver alguém que não se sente ouvido? Como você vai fazer alguém se comprometer se ninguém quer ouvir a opinião dele?, analisa.
Para Esteves, a pressão exercida sobre os jovens para que sejam protagonistas é muito grande. O problema está na comunicação e nas expectativas, acredita ele. Outra palavra-chave citada pelos jovens foi confiança, frequentemente mencionado nas mesas ao discutir trabalho remoto. “Criar um ambiente seguro é colocar todos no mesmo barco”, afirma o consultor. Ela recomenda que os gestores procurem criar espaços de conversa fora da empresa com os mais jovens para falar de outros temas, onde os líderes se libertem do “manual” da empresa. “Todos vivenciam os mesmos dilemas de carreira, inclusive o gestor, ele também tem expectativas frustradas, por que não falar sobre isso?”, questiona.
Ela nos lembra que diante da aceleração das inovações tecnológicas, estamos todos na mesma encruzilhada. Mesmo os nativos digitais precisam aprender coisas novas todos os dias, portanto, o intercâmbio entre gerações é essencial para que todos aprendam juntos a lidar com essas constantes transformações. “Odeio quando falam em conflito geracional, é muito mais legal se falarmos em encontro de gerações, onde os dois lados têm que ter humildade para aprender juntos”, diz Esteves.
Sobre a contratação por competências, ela diz que há avanços por parte das empresas, mas ainda é muito lento. Em 40 anos de recrutamento de jovens para processos de trainee, Esteves vê avanços na busca por mais diversidade, com a contratação de jovens com formações distintas, mas diz que ainda há um caminho a percorrer. “Antes, os jovens talentos só vinham de cinco faculdades e falavam inglês nativo.”, lembra.
Para Paula Esteves, Co-CEO da Cia de Talentos, Hoje existe a percepção de que é preciso aproveitar inteligência coletiva que existe nas empresas, reunindo diferentes perspectivas e realidades. “É muito difícil fazer sozinho, tem que montar uma equipe, buscar colaboração, compreender diferentes perspectivas e buscar o melhor em todas as gerações”, diz. A forma de sistematizar essa inteligência coletiva, segundo ela, é criar projetos multidisciplinares, onde pessoas de diversas áreas podem contribuir com suas competências. Ela também fala sobre a impotência das empresas em atuar nos ecossistemas, em colaborações, e encontrar parceiros para trabalhar pelo mesmo propósito. “Ninguém mais terá respostas sozinho”, finaliza.
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