Para a maioria Carlos Roberto Darwin não precisa de introdução. Mas não custa apresentá-lo ou pelo menos lembrar quem ele era. Acho uma boa ideia, visto que minha inspiração hoje vem dele. Darwin é o pai da teoria de que o ambiente seleciona o organismo mais capaz de sobreviver em um determinado ambiente. Segundo ele, as espécies mudam com o tempo, dão origem a novas espécies e compartilham um ancestral comum. Neste mecanismo, Darwin define que a evolução acontece com a seleção natural ao longo do tempo. Em suma, não sobrevive o mais forte, mas sim o mais adaptável.
A teoria que explica a origem, transformação e perpetuação das espécies ultrapassou as fronteiras da biologia. Na sociedade, com o darwinismo social, por exemplo. Neste campo, existe a ideia de hierarquia entre as sociedades e de que uma determinada sociedade é superior a outra, resultado de dinâmicas sociais competitivas. Mas será possível trazer a teoria de Darwin para o universo dos investimentos?
Esta semana, em decisão unânime, o Copom (Comitê de Política Monetária) manteve a taxa básica de juros – Selic – em 10,5%– interromper o ciclo de cortes após seis reduções consecutivas de meio ponto percentual. Este resultado fez O Brasil tem a segunda maior taxa de juros real do mundo.
Se para Darwin o ambiente seleciona o organismo mais capaz de sobreviver num determinado ambiente, o A Faria Lima definitivamente não é um ambiente favorável para a seleção, adaptação e evolução do exemplar denominado investidor.
O ‘calor’ da renda fixa a juros de dois dígitos pode ser positivo para o desempenho de carteiras mais conservadoras, mas é prejudicial à evolução e perpetuação dos investimentos e da economia ao longo do tempo. As taxas elevadas aumentam assim o custo do capital para as empresas, o valor dos empréstimos e financiamentos para os particulares, o custo da dívida pública e acomodam os investidores. Neste cenário, o darwinismo financeiro tem pouco espaço para avançar, dado que é pouco provável que tal ambiente faça com que os rentistas evoluam para se tornarem investidores.
Mesmo em períodos em que as taxas de juros foram mais baixas no Brasil, a parcela dos interessados em soluções mais diversificadas avançou timidamente. Aqueles que exploraram alternativas eram muito mais propensos a evitar a renda fixa do que a passar para a renda variável. Foi um movimento migratório temporário, revertido aos primeiros sinais de elevação da taxa Selic.
Mas tenho que concordar que é realmente difícil se adaptar quando o risco/retorno tende a não valer a pena. Mesmo para os fortes. E digo isso sobre meus próprios investimentos. O ambiente económico em que operamos não proporciona condições duradouras que permitam aos investidores adaptarem-se a instrumentos mais ousados. A conveniência dos retornos do CDI, com baixo risco, não oferece condições para esta evolução.
Darwin provou em sua teoria que o ambiente seleciona o organismo mais adequado para sobreviver em um determinado ambiente. Mas como destacou o BC (Banco Central), nada deve mudar até o final do ano. E, se não mudar, não há como o investidor mudar ao longo do tempo, dar origem a novas espécies ou partilhar um ancestral comum.
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