Ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), estendido nesta quarta-feira (18) por mais 90 dias a negociação da participação da União na Eletrobras. O ministro atendeu a um pedido conjunto do governo federal e da empresa por mais tempo. Esta é a terceira vez que o ministro prorroga o prazo de conciliação. Por isso, desta vez, o ministro também determinou que as partes comprovem o engajamento na resolução das questões, o andamento das negociações e os ajustes, ainda que parciais, firmados.
Na terça-feira (17), a Advocacia-Geral da União (AGU) e os advogados da Eletrobras solicitaram a ampliação do prazo. O argumento para a prorrogação foi a “complexidade” dos termos do acordo. “Não basta simplesmente chegar a um consenso superficial; É imprescindível que todas as questões, mesmo as mais técnicas e polêmicas, sejam cuidadosamente examinadas, discutidas e delimitadas no acordo a ser posteriormente entregue a este Supremo”, diz trecho da petição anexa aos autos.
No seu despacho, Nunes Marques afirmou que o A nova prorrogação visa “promover a segurança jurídica e o interesse público”.
Em comunicado hoje ao mercado, o vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores, Eduardo Haiama, afirmou que a empresa “manterá o mercado informado sobre o assunto, especialmente sobre os termos detalhados de uma possível conciliação entre as partes”. E reiterou que as deliberações sobre conciliação serão submetidas à aprovação dos órgãos de governança da empresa.
Em outro comunicado enviado em 31 de julho pela Eletrobras aos acionistas, a empresa informou que as negociações em andamento tratam de três temas: a participação da União no Conselho de Administração e no Conselho Fiscal da Empresa, a antecipação de recursos devidos à Conta de Desenvolvimento Energético, e a desinvestimento pela Eletrobras de sua participação acionária na Eletronuclear, com a consequente demissão do projeto de construção da Usina Nuclear Angra 3, de responsabilidade da estatal.
Em julho de 2024, o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse ao Valor que o acordo envolvia a transferência, ao governo, das ações da Eletrobras no complexo nuclear de Angra e o adiantamento de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Na visão do governo, ao assumir Angra, a ideia de quebra de contrato poderia ser descartada e haveria espaço para a retomada do poder de influência sobre a empresa, que foi privatizada.
A principal novidade do acordo seria a inclusão de Angra. O projeto, segundo Silveira, é um problema para a Eletrobras, principalmente no que diz respeito ao compromisso de construção de Angra 3. Nesse sentido, deixar de atuar no setor nuclear também seria do interesse da empresa. O ministro preferiu não antecipar as condições em que estas duas operações seriam realizadas.
A União e a Eletrobras tentam chegar a um acordo através da Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal (CCAF) desde dezembro de 2023. As negociações são confidenciais – nem mesmo os amic curiae do processo – terceiros que aderem ao processo para fornecer subsídios ao juiz – participar das negociações. Partidos políticos como PDT e Partido Novo já foram aceitos como amicus pelo relator, Nunes Marques.
Procurada, a Eletrobras respondeu que não comenta o assunto, por ser sigiloso.
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