A combinação de bebidas alcoólicas com a condução de veículos e motocicletas é responsável por um número significativo de mortes no trânsito. No primeiro semestre deste ano, só no estado de São Paulo, 2.999 pessoas morreram em acidentes automobilísticos.
O número representa mil mortes a mais do que no mesmo período de 2023, quando foram registradas quase duas mil mortes. Os dados são do Infosiga, plataforma de estatísticas do Departamento de Trânsito do Estado (Detran).
Só na região metropolitana de São Paulo, 850 pessoas perderam a vida em acidentes de trânsito, um aumento de 32% em relação ao primeiro semestre do ano passado.
Os números poderiam ser ainda maiores, porque o cálculo de mortes por acidentes de trânsito no Brasil é diferente de outros países. De acordo com a legislação nacional, uma morte no trânsito só é considerada quando a pessoa morre no local. As vítimas hospitalizadas que morrem posteriormente não estão incluídas nesta conta.
Os motociclistas foram as principais vítimas fatais nas ruas e estradas de São Paulo no primeiro semestre – quase 1,3 mil – seguidos pelos motoristas de automóveis e pedestres, com cerca de 700 casos em cada grupo, e depois pelos ciclistas, com 219 mortes.
As mortes de 2.999 pessoas em acidentes significaram um aumento de 23,1% em relação ao primeiro semestre de 2023; a morte de 700 pedestres atingidos aumentou 19,7% utilizando os mesmos critérios; as mortes entre ciclistas aumentaram 23%; a morte de motociclistas aumentou 26,4% e a de ocupantes de automóveis (672) aumentou 22,9%.
A letalidade nas estradas de São Paulo reflete a realidade do país. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o Brasil ocupa o terceiro lugar no mundo no ranking das nações com mais mortes em acidentes de trânsito, superado apenas pela Índia e pela China, com populações cinco a seis vezes maiores que a do Brasil.
Segundo o Infosiga, sábado e domingo são os dias mais letais. O Detran registra a maior parte das ocorrências de morte durante a noite e madrugada nesses dias da semana.
Os órgãos oficiais que fiscalizam o trânsito no Brasil repetem que os motoristas precisam lembrar critérios básicos para dirigir que aprenderam nos cursos de habilitação. E as recomendações mais citadas são: se for beber, não dirija; Respeite os limites de velocidade, utilize o sinal de mudança de direção para mudar de faixa e atravesse sempre a rua na faixa de pedestres.
No estado de São Paulo, a taxa de mortalidade no trânsito para cada grupo de 100 mil habitantes é de 13,7 e a meta é chegar a 5,68 em 2023. Na cidade de São Paulo, essa taxa é de 9,21, o equivalente a 1.053 mortes em doze meses para uma população de 11,4 milhões de habitantes. Proporcionalmente, o município de Sorocaba lidera com 15,27 óbitos por 100 mil habitantes. Sorocaba tem uma população de 733 mil habitantes.
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