O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) minimizou a insatisfação dos setores do agronegócio com o Plano Safra 2024/25, de mais de R$ 400 bilhões, anunciado no início de julho. A fala aconteceu em entrevista à TV Centro América, de Mato Grosso.
“Não sei se poderíamos chamar isso de descontentamento. Não sei como podemos chamar isso. O fato concreto é que foi exatamente durante os governos petistas, comigo ou Dilma, que fizemos os planos de colheita mais importantes deste ano, para atender o agronegócio e a agricultura familiar”, afirmou.
“As pessoas esquecem que em 2008 eu fiz uma medida provisória que discutia securitização. Foram quase R$ 500 bilhões para salvar a agricultura brasileira. O Brasil precisa de uma agricultura forte e próspera. Tenho orgulho da nossa agricultura. Agora, não dá para o cidadão receber, você sabe, R$ 475 bilhões em financiamento e achar que não é suficiente”, acrescentou o presidente.
Lula destacou que o governo “vai dar o que puder” e disse acreditar que a maior parte do setor ficou satisfeita.
“Vamos dar o que pudermos. Não tenho só a agricultura para cuidar. Tenho muitas outras coisas para cuidar neste país. Tenho educação, tenho saúde para cuidar, tenho serviços públicos segurança, como as pessoas precisam entender, inclusive os juros, em grande parte subsidiados, não é pouca coisa. Em qualquer país do mundo, seria um grande investimento, tenho certeza que a maioria dos empresários gostou”, disse Lula, elogiando o ministro. da Agricultura e Pecuária, Carlos. Fávaro. “Posso dizer que ele é o melhor Ministro da Agricultura que já tive.”
A principal reclamação do setor produtivo agrícola em relação ao Plano Safra 2024/25 foram as taxas de juros, mantidas entre 7% e 12% ao ano para médios e grandes produtores. Com a redução da Selic de 3 pontos percentuais desde julho do ano passado, a expectativa no campo era de que as taxas tivessem alguma acomodação, o que ocorreu apenas em uma linha para compra de máquinas, a Moderfrota.
O governo também incluiu um mecanismo de corte de até 1 ponto percentual para quem tem boas práticas agrícolas, mas a regra completa só valerá a partir de 2025.
O governo alegou que houve forte retração nas fontes de recursos controlados, como depósitos à vista e poupança rural, e que a queda nos preços das commodities agrícolas e o impacto das condições climáticas adversas aumentaram os riscos no campo, o que se refletiu na um spread bancário mais elevado. Essa situação dificultou o corte dos juros, uma vez que os níveis mais baixos cobrados nos empréstimos aos produtores da faixa alta aumentam os gastos do Tesouro Nacional com a equalização das taxas – o subsídio gasto para cobrir a diferença entre o que a instituição financeira cobra e o que o credor paga.
Num cenário de aperto fiscal, a escolha foi pela manutenção dos juros, o que gerou até um ligeiro aumento nos gastos públicos, de R$ 5,1 bilhões para R$ 5,9 bilhões para pagar a equalização dos juros deste Plano Safra para médios e grandes produtores. Esse público terá R$ 400,59 bilhões disponíveis para contratação. Menos de R$ 100 bilhões são equalizados.
A agricultura familiar receberá mais R$ 76 bilhões em crédito do Pronaf. Destes, são equalizados R$ 45,5 bilhões, o que custará R$ 10,4 bilhões divididos em vários anos.
Além do Plano Safra, Lula destacou a implantação, por meio do MAPA, do Sistema Brasileiro de Fiscalização (SISB), que visa facilitar aos pequenos produtores a realização de transações interestaduais.
“O Fávaro me contou e eu fiquei muito feliz, fiquei muito feliz que o pequeno produtor de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Pernambuco, Bahia, que ele produz um queijo, ele produz suco, qualquer coisa , que possa ir para o território nacional com a garantia de que é uma coisa séria, é uma coisa bem feita, que não tem problema, isso é uma revolução neste país”, declarou Lula.
Lula afirmou ainda que o Brasil não abandonará a exploração de petróleo e usará esse combustível para cobrir custos de transição energética.
“Não vamos abandonar o petróleo. Por que estamos abandonando o petróleo? O mundo precisará de petróleo”, afirmou ela.
Lula destacou o papel do etanol e do biodiesel na matriz energética brasileira, mas destacou que o petróleo continua necessário. Ele afirmou ainda que a Petrobras se tornará “uma empresa de energia” e que uma de suas prioridades é a exploração de gás natural.
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