Cooperativa pretende construir agroindústria em Cláudia, no Mato Grosso, para gerar mais receita Entre os municípios de Sinop e Cláudia, no Mato Grosso, uma estrada de terra que sai da BR-163 leva ao Assentamento 12 de Outubro. Cercada por um dos maiores centros produtores de soja do país, a comunidade rural possui algumas casas de madeira, um posto de saúde e uma escola, ambos muito simples. Leia também Nova seca histórica deverá interromper vazão do Rio Amazonas e aumentar custos Incêndio atinge área próxima a assentamento e escola em MT Embora seja uma área reconhecida pelo governo federal como Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS), a realidade é que real a especulação imobiliária e o passivo ambiental, deixado pela mineração, exploração madeireira e desmatamento ilegal, pressionam a horticultura. Mas mesmo diante da descrença dos produtores do entorno, o agricultor Calixto Crispim dos Reis garante um cultivo livre de agrotóxicos. Na horta nos fundos da casa, ele e a esposa Alessandra Siqueira da Costa plantam verduras e frutas. Ela é presidente da Coopervia, cooperativa que vende frutas e verduras para Sinop —município que virou sinônimo de soja em Mato Grosso. “Atendemos pessoas que querem consumir esse alimento orgânico, do campo à mesa”, diz Calixto. Embora mais de 123 mil hectares tenham sido plantados só com soja na safra 2023/24 em Sinop, segundo o Instituto de Defesa Agropecuária do estado (Indea-MT), grande parte das hortaliças nos mercados da cidade são compradas de São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina, conforme relato do agricultor, que também é pedagogo. “Você não pode competir em preço. Procuramos mercados para colocar nosso produto, mas nesses estados o clima é muito favorável, lá se produzem hortaliças em monocultura”, afirma. A 50 quilômetros do comércio e dado o lucro do mercado para o produtor, a relação custo-benefício é apertada. Uma das alternativas para ter outras fontes de renda é investir na construção de uma agroindústria para processamento de castanhas, fabricação de polpa de frutas e farinha de mandioca. Obra que a Coopervia pretende iniciar no próximo ano, segundo Alessandra Siqueira. “Também pretendemos atender mais pessoas da região com o PAA [Programa de Aquisição de Alimentos] e o PNAE [Programa Nacional de Alimentação Escolar]”, afirma. As políticas têm o papel de garantir a venda de produtos e renda constante. Só na Escola Florestan Fernandes, atendem 150 crianças e adolescentes, que fazem duas a três refeições de segunda a sexta-feira. Atualmente, porém, sem o PNAE, a comida é majoritariamente ultraprocessada, mesmo com a horta próxima. No Assentamento Brasília, considerado um PDS do bairro Castelo dos Sonhos, no Pará, a regularização fundiária é aguardada há cerca de 20 anos. Enquanto isso não acontece, produtores como Marcio Silva de Quadros sobrevivem com a renda proveniente do feijão verde, pepino, melancia e pimentão, sem conseguir acesso a financiamento para melhorar a produção. “Eu faço irrigação, porque a seca aqui dura seis meses e de outra forma não conseguimos manter a renda, mas é um custo alto”, afirma. Os equipamentos tiveram que ser financiados com financiamento pela taxa Selic. Se a terra fosse reconhecida, Márcio e outros produtores poderiam ter acesso ao Pronaf, programa da agricultura familiar, que tem juros mais baixos. Cada lote do assentamento possui 20 hectares produtivos e é neste espaço que Mariana Rodrigues administra uma agrofloresta. Sem financiamento público, ela conseguiu acessar recursos do Sicredi e do Fundo Dema, entre outros, para plantar cacau, melancia, pequi do Xingu, banana, além de criar galinhas. Ela ressalta que o PDS é uma modalidade de assentamento com responsabilidade ambiental, então não faz sentido ter monocultura ou pecuária. “Queremos mostrar que é possível ter uma atividade rentável em poucos hectares, mas falta regularização fundiária para acessar políticas públicas e estimular essa diversidade”, afirma.
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