O ministro Alexandre de Moraesde Supremo Tribunal Federal (STF)suspendeu nesta sexta-feira (30) o rede social no Brasil de forma imediata, completa e completa em todo o território nacional, até que todas as ordens judiciais relativas à empresa sejam cumpridas, as multas sejam devidamente pagas e um representante seja nomeado em território nacional.
Moraes determina ainda que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) adote medidas para efetivo bloqueio no prazo de 24 horas. Determina também que Google, Apple e operadoras como Vivo e Claro criem obstáculos tecnológicos capazes de impossibilitar o uso do aplicativo “X” pelos usuários. Por fim, determina multa de R$ 50 mil aos usuários que “incorrerem em condutas que envolvam uso de subterfúgios tecnológicos para continuidade das comunicações ocorridas por meio de “X”, como a utilização de VPN (‘rede virtual privada’), sem prejuízo de outras providências civis e sanções penais, nos termos da lei”.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) foi chamada para comentar.
Na noite desta quarta-feira (28), o ministro deu 24 horas ao X do bilionário Elon Musk para indicar quem é o representante legal da empresa no Brasil, sob ameaça de suspender o funcionamento da rede social em todo o país. A intimação foi feita pela plataforma, por meio do perfil oficial do Supremo.
Pouco depois do término do prazo concedido por Moraes, na noite desta quinta-feira (29), a empresa divulgou comunicado em sua rede social afirmando que não cumpriu a determinação do STF, e que, portanto, “em breve” o serviço poderá ser bloqueado no Brasil. Informou ainda que nos próximos dias publicará todos os documentos confidenciais do ministro e decisões impostas à empresa.
Paralelamente, Moraes também determinou o bloqueio de contas da empresa Starlink, que também pertence ao bilionário. A medida foi adotada para garantir o pagamento de multas aplicadas à plataforma. A Starlink atua no Brasil vendendo serviços de internet via satélite. A decisão é datada de 18 de agosto, mas só foi divulgada nesta quinta-feira (29). Em nota publicada no próprio X, a Starlink classificou o bloqueio de seus bens imposto por Moraes como um “pedido ilegal” de decisão “infundada” e disse que as multas aplicadas a X são inconstitucionais. Aos clientes, a empresa disse que poderá oferecer serviços gratuitamente, caso seja necessário.
Nos últimos meses, ocorreram sucessivos confrontos entre o ministro e o empresário. Em abril, Moraes determinou a abertura de investigação contra Musk, após ele fazer uma série de ataques ao ministro e anunciar que passaria a desconsiderar decisões judiciais e divulgar o conteúdo de perfis bloqueados por ordem do STF antes de comprar a empresa , que foi chamado de Twitter. O empresário também foi incluído entre os investigados no inquérito da milícia digital, que tem como alvo aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
No início de agosto, X havia tornado pública uma carta de Moraes definindo o bloqueio de perfis investigados por supostamente disseminarem conteúdo antidemocrático. O senador Marcos do Val (Podemos-ES) e Paola Daniel, esposa do ex-deputado Daniel Silveira (PL-RJ), estavam entre eles. Além dessas decisões, o ministro do STF também solicitou dados de contas ligadas a Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio, dois blogueiros bolsonaristas.
No dia 17 de agosto, Musk anunciou que encerraria as operações do escritório X no Brasil. Em postagem publicada na própria rede, o comunicado da empresa dizia que a medida estava sendo tomada por decisões de Moraes, mas que o serviço continuaria disponível para os usuários do país.
Segundo X, Moraes teria ameaçado multar e prender a responsável pelo escritório da empresa no Brasil, Rachel de Oliveira Villa Nova Conceição, por descumprimento de ordens judiciais. No comunicado, X afirma: “Para proteger a segurança de nossa equipe, tomamos a decisão de encerrar nossas operações no Brasil, com efeito imediato” e acusa o ministro afirmando que “suas ações são incompatíveis com um governo democrático”.
A rede social citou uma ordem de Moraes na qual ele dizia que um oficial de justiça deveria cumprir a decisão. O mesmo despacho determina multa diária de R$ 20 mil para Rachel Conceição, além de “prisão por desobediência à ordem judicial”.
Recentemente, a rede social ignorou decisão da Justiça Eleitoral de suspender o perfil do ex-técnico Pablo Marçal (PRTB), candidato a prefeito de São Paulo.
Como resultado desse confronto, os ministros Dias Toffoli, Luiz Fux e Edson Fachin, relatores de três ações que tratam da regulamentação das redes sociais na Corte, decidiram liberar seus casos para pauta.
Na semana passada, pediram ao presidente do Tribunal, Luís Roberto Barroso, que os casos fossem julgados em conjunto, preferencialmente em novembro. A data do julgamento ainda não foi definida.
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