A introdução de novas tecnologias em locais de mineração está refinando os processos de exploração e os padrões de segurança. Os recursos incluem máquinas controladas remotamente, drones que monitoram obras e sensores avançados em minas. A ampliação do uso de sistemas com inteligência artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT) é vista como o próximo passo na modernização das operações.
“As tendências apontam para tecnologias emergentes, como veículos autónomos e robôs, que reduziriam a necessidade de trabalhadores em áreas perigosas; e aplicativos com IA e aprendizado de máquina [aprendizado de máquina]para prever falhas de equipamentos e otimizar processos de extração e refino”, afirma Ricardo Santana, sócio líder de análise de dados, automação e IA da KPMG no Brasil e América do Sul.
Segundo o especialista, as frentes de inovação também incluem drones, utilizados para mapeamento geológico, fiscalização e monitoramento ambiental; e sensores baseados em IoT que capturam dados em tempo real e ajudam a prevenir acidentes. Mas há desafios na divulgação de notícias em larga escala, alerta Santana. “Será necessária uma infraestrutura robusta de comunicação e dados, com redes 5G, e investimentos na qualificação da mão de obra”, explica. “As novas tecnologias também exigem uma força de trabalho qualificada.”
Os drones fazem parte da rotina de trabalho da Alcoa desde 2019. “Na unidade de Juruti [PA]o uso de drones para controle do gerenciamento de usinas, bacias de rejeitos e infraestrutura de minas reduz em 85% o tempo de monitoramento da operação, com ganhos como mitigação de riscos e aumento de produtividade”, garante Gisele Salvador, CFO da Alcoa Brasil. Segundo ela, a empresa trabalha com medições remotas e coleta de dados online, o que evita a presença de operadores em diversos locais das minas. “Inspeções críticas em áreas de alta exposição e acionamento de válvulas já são realizadas por processos robóticos”, revela.
A expansão da robótica está na agenda da empresa. Dois protótipos de “cães” robóticos e autônomos que operam com IA estão operando na Austrália, onde a Alcoa também atua. “O plano é expandir o novo produto no Pará e no Maranhão”, diz Salvador. “As máquinas podem ser programadas para tarefas de maior risco, em espaços confinados e áreas perigosas.” A empresa prepara mão de obra para trabalhar com o equipamento. Um curso de pilotagem de drones capacitou 20 pessoas trans no Maranhão para atuarem em empresas de diversos segmentos, incluindo a Alcoa.
Rafael Bittar, vice-presidente executivo técnico da Vale, afirma que em 2023, 1,7% da receita líquida do grupo foi direcionado para pesquisa e desenvolvimento (P&D), totalizando R$ 3,6 bilhões. Um dos interesses da empresa é investir em IA para aumentar a produtividade e a segurança nas operações. “Começamos a desenvolver ‘produtos’ com IA em 2016 e hoje são 1.500 modelos implantados em 70 projetos”, afirma. O objetivo, continua Bittar, é aumentar a manutenção dos ativos – desde caminhões fora de estrada (veículos de transporte de carga) até trilhos ferroviários -, além de melhorar a gestão nas plantas de processamento mineral.
Segundo o executivo, um sistema que integra coleta digital de dados em campo e conhecimento geológico já garante a melhor separação entre minério e material estéril, gerando ganhos de mais de R$ 1,7 bilhão em 2023. O planejamento aponta para o desenvolvimento de ativos controlados remotamente , acrescenta. “Estamos projetando as etapas de automação para máquinas e veículos que se tornarão 100% autônomos no futuro, impactando nossa cadeia de valor, da mina ao porto.”
Na visão de Siham Hassan, diretor de TI Américas da Anglo American, a proteção das equipes em campo precisa estar em primeiro lugar. “Temos um sistema para evitar colisões de caminhões fora de estrada”, diz ela. “A tecnologia é composta por sensores que detectam a presença de equipamentos e pessoas no entorno, enviando alertas aos operadores.” A aplicação, que deve ser escalonada, é utilizada no complexo Minas-Rio, em Conceição do Mato Dentro (MG), desde 2023. Na produtora de ouro e cobre Aura Minerals, um dos principais investimentos, avaliado em US$ 2 milhões, é a modernização da infra-estrutura de TI. “Quase 80% dos sistemas estão na nuvem”, afirma o CEO Rodrigo Barbosa.
Luis Otávio Lima, vice-presidente de operações de Cuiabá, mina da AngloGold Ashanti em Sabará (MG), destaca a importância de uma mineração mais sustentável. Desde março, a empresa adotou uma carregadeira 100% elétrica que promete reduzir o consumo de óleo diesel em 9,1 mil litros por mês, o que corresponde a uma queda de 500 kg nas emissões de CO2 durante um turno de seis horas, segundo a mineradora. “É a primeira carregadeira elétrica a operar em uma mina subterrânea no Brasil”, garante. Cuiabá, que adota sistemas de perfuração e detonação remota via Wi-Fi, é considerada uma das minas mais profundas do país, com mais de 1.600 metros de profundidade.
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