Desde que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) divulgou a Resolução 193, no final de 2023, especialistas em sustentabilidade vêm propagando as vantagens dessa ação para o mercado brasileiro. A medida permite que empresas de capital aberto, fundos de investimento e empresas de securitização divulguem voluntariamente informações financeiras relacionadas à sustentabilidade. O a adaptação às normas IFRS nos relatórios de sustentabilidade é opcionalpor enquanto, e se tornará obrigatório em 1º de janeiro de 2027.
O Brasil é o primeiro país do mundo a adotar as regras IFRS S1 e S2, vinculadas à sustentabilidade (S1) e ao clima (S2) e padronizadas pelo Conselho Internacional de Padrões de Sustentabilidade (ISSB)assumir a liderança em termos de transparência e adoção de padrões internacionais. “Há certamente um protagonismo e uma decisão inteligente para os enquadramentos escolhidos. Isso merece ser valorizado e deve amadurecer bastante o nosso mercado”, analisa Danilo Maeda, diretor geral da Beon ESGconsultoria em estratégia de sustentabilidade na FSB Holding, maior ecossistema de gestão de reputação da América Latina.
A expectativa de amadurecimento do mercado se deve, neste caso, ao fato de os investidores terem compreendido cada vez mais a correlação entre a criação de valor financeiro e os aspectos ESG das empresas — considerando, por exemplo, indicadores de governança, sociais e aspectos ambientais para a rentabilidade a longo prazo. Maeda acrescenta: “Os reguladores começaram a assumir um papel mais incisivo na orientação e determinação da utilização destes critérios nos mecanismos de reporte porque entenderam que era necessário construir relações económicas equitativas no mercado”.
Não é por acaso, portanto, que a principal mudança nos novos padrões de divulgação de relatórios de sustentabilidade seja a integração de dados financeiros e não financeiros. As empresas agora serão obrigadas a avaliar seus riscos socioambientais e quantificar o potencial impacto que terão nos resultados financeiros do negócio — tal ligação era, no passado, teórica ou indireta. Agora, isso deve ser demonstrado e refletido no balanço. Ou seja, o balanço financeiro de uma empresa deve comunicar com a área de planejamento de riscos e impactos socioambientais.
“A ideia de integrar a gestão financeira e não financeira não é propriamente nova, a novidade é que se torna obrigatória para todos no mercado”, explica Maeda.
O prazo de janeiro de 2027 pode parecer longo, mas não é. “Quem ainda não começou a se movimentar está atrasado, porque não é só um modelo de relatório, não é só um conjunto de informações para prestação de contas. Para conseguir atender o que o framework vai exigir de você, é preciso uma reflexão estratégica, uma revisão do modelo de negócio e um mapeamento dos riscos socioambientais, uma classificação desses riscos e um contingenciamento de recursos para gerenciar esses riscos”, alerta Maeda.
À medida que as empresas compreendem a complexidade de analisar, por exemplo, como as alterações climáticas e os recursos naturais afetam o desempenho financeiro, começam a compreender este período de adaptação como uma oportunidade para rever processos internos e adaptar-se às normas.
Os movimentos e preocupações dessas empresas corroboram o fato de que ficou claro para os empresários que, caso sua organização atue em um cenário mais exposto do ponto de vista sustentável, eles precisam atuar de forma preventiva, assumindo uma postura de mais longo prazo. visualizar.
Vantagens da antecipação
Considerando que as sociedades, a comunidade local e os stakeholders estão mais atentos às práticas sustentáveis das empresas, o período de adaptação estabelecido pela CVM pode ser visto como uma oportunidade para adotar obrigações futuras com planejamento e menos custos.
Isso porque a elaboração do relatório proporciona às partes envolvidas a oportunidade de pensar a gestão da empresa da forma que o framework sugere. Além disso, há também o benefício de aprender ao longo do processo, mitigando riscos.
Maeda acrescenta que as empresas terão ganhos importantes na melhoria do relacionamento com os stakeholders. “Aqui, na Beon, temos a premissa de que a sustentabilidade não pode ser alcançada sem o envolvimento das partes interessadas. Então, não é possível pensar na continuidade dos negócios no longo prazo sem ouvir as partes interessadas, sem fazer mudanças, sem entender quais impactos a organização produz, qual valor ela entrega e como isso será construído, em muitas mãos. , para uma visão compartilhada do futuro.”
Para apoiar as empresas, a Beon oferece um conjunto de ferramentas que vão desde a visão da adequação da estratégia empresarial, passando pela gestão de riscos e impactos socioambientais, até a implementação desses indicadores na prática.
“O que tentamos fazer é construir um sistema que começa na materialidade e termina numa agenda estratégica, que é muito densa e composta por dezenas, às vezes centenas, de indicadores, que se destinam a medir a capacidade do negócio, para que seja mais perene, mitigando seus riscos e impactos”, explica Maeda.
Outro benefício analisado gira em torno da já mencionada relação do mercado financeiro com as boas práticas ESG. Dada a criação dos títulos verdes, que são títulos de renda fixa, emitidos por empresas, governos e organizações, associados a critérios de sustentabilidade.
Pela dinâmica que está sendo construída — relacionando práticas sustentáveis com questões financeiras — quando uma empresa não cumpre uma meta ESG, o preço de suas ações cai. E o contrário também acontece.
“Ao adotar essas estruturas, a empresa poderá ter muito mais possibilidades de entregar informações relevantes para classificações ESG, o que aumentará a probabilidade de serem bem classificadas. Quando a empresa recebe uma elevação de rating positiva, ela recebe um prêmio no valor de sua ação. Ou seja, ganha valor de mercado ao demonstrar às casas de análise que suas práticas ESG são consistentes, de acordo com os critérios que utilizam”, afirma Maeda.
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