Marina vê ‘uma das piores situações’ da história do Pantanal e Tebet diz que ‘não há limite’ de recursos contra incêndios | Brasil

Os ministros falaram à imprensa após reunião na Sala de Situação montada pelo governo para acompanhar a questão dos incêndios no Brasil.

“Estamos enfrentando uma das piores situações já vistas no Pantanal”, disse Marina. “Os incêndios estão fora da curva de tudo o que conhecemos.”

Na próxima quarta-feira, reunião da Diretoria de Execução Orçamentária (JEO) deliberará sobre o montante de recursos necessários para o combate ao incêndio na região, porém, segundo os ministros, os governadores ainda não formalizaram os pedidos que devem ajudar a definir esses volumes . Segundo Tebet, os recursos deverão vir de crédito extraordinário.

“Estamos falando de valores [de crédito extraordinário] muito inferiores aos do Rio Grande do Sul”, disse Tebet.

Marina acrescentou: “Estamos agindo com rigor com as finanças públicas, mas o maior rigor é com o cuidado com o meio ambiente”.

O ministro do Meio Ambiente lembrou que os governos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul proibiram recentemente o uso do fogo para renovação de pastagens até o final do ano. Isso significa, segundo ela, que quem realizar esse tipo de manejo “estará cometendo crime”. Os ministros prometeram que quem cometer a prática será responsabilizado criminalmente.

“Temos uma ação de pessoas que utilizam a queima controlada do fogo. E elas não têm consciência de que combater o fogo é, antes de mais nada, evitar o fogo”, disse Marina. “Infelizmente o fenômeno é incomparavelmente maior que a capacidade humana de combater esses processos. Não é só o governo que tem que se preparar para esses fenômenos, é a sociedade como um todo. .”

Segundo ela, 85% das queimadas no Pantanal neste ano foram registradas em propriedades privadas.

Marina também pediu que o Senado aprove “em caráter emergencial” a lei do manejo integrado de incêndios, já aprovada na Câmara.

Na sexta-feira, Tebet, Marina e Waldez Góes, ministro da Integração Regional, viajarão para Corumbá (MS), onde ocorrem os maiores incêndios do Pantanal. Lá, eles se reunirão com o governador Eduardo Riedel (PSDB).