Torrinha (SP) tem mais de 200 pequenos produtores de café e aguarda reconhecimento de IG Com cerca de 10 mil habitantes, Torrinha é um município do interior de São Paulo que tem como atrativo turístico e gastronômico o café especial. Ainda não há muitos produtores, mas o recente interesse em cultivar alguns pés de café em poucos hectares, especialmente o Arábica, tem rentabilizado o dinheiro e causado satisfação entre aqueles que estão há muito tempo na cafeicultura. É o caso de Gilmara Gazola, 52 anos, e do filho Rafael, 33, que sempre sonharam em ter sua própria marca de café e este ano realizaram o desejo que, segundo os dois, é um passo à frente no tradição agrícola da família. mais de 50 anos. Há apenas dois anos conquistaram um prémio regional pela qualidade do feijão, que impulsionou a criação do ‘Café Vó Leonilda’. O nome escolhido é uma homenagem à mãe de Gilmara, já falecida, mas que lhe deixou “como herança o amor pela terra”, diz ela. A marca já foi exposta em eventos do setor em todo o Estado de São Paulo. Conheça outras plantações de café Atualmente, possuem 50 mil pés de café arábica espalhados por 20 hectares. Os resultados positivos resultaram em um plano para ampliar o plantio de mais duas mil árvores este ano. “O montante significará mais três hectares de café e pretendemos chegar a 30 hectares no próximo ano”, afirma Rafael. Entre as variedades plantadas estão Mundo Novo, Catuaí Vermelho e Catucaí, que é um pouco mais resistente à ferrugem do café, explicam os cafeicultores. A aposta para o próximo ano é cultivar a variedade Arara, que tende a amadurecer mais tarde e produz um grão de maior qualidade, com doçura pronunciada. “Hoje nosso café tem sabor cítrico, com mais acidez e mais frutado. Teve uma pessoa que provou e disse que sentiu gosto de limão”, descreve Rafael. Na safra 2023/24, a família colheu 300 sacas de 60 quilos, das quais 150 foram vendidas para corretores do mercado e as demais foram moídas e torradas para marca própria. As vendas são feitas em cafeterias locais ou por encomenda. O município conta com a Associação dos Produtores de Café Natural do Bairro Paraíso do Alto de Torrinha (Cafenato). Segundo a entidade, existem atualmente cerca de 240 cafeicultores, a maioria agricultores familiares. Mudanças climáticas O calor intenso não deu trégua na propriedade Gazola e para a safra 2024/25 mãe e filho já contam com queda de 15% a 20%, com grãos pequenos e lavouras muito prejudicadas. “Tem safra para 2 anos e meio com a primeira carga [de café] que o pé está morrendo. A seca deste ano foi forte. De janeiro para cá choveu 10 milímetros”, acrescentou Rafael. Saiba mais taboola Ele observa que, mesmo mudando os sistemas de cultivo e investindo em variedades mais resistentes, a falta de água e o aparecimento da requeima em maio pesaram sobre os produtores em região, pois “queimou as lavouras”. Ele prevê perdas ainda para a próxima safra 2025/26 devido à desfolha dos pés de café devido à seca e ao desenvolvimento das altas temperaturas da planta, que precisa ser “esqueletizada”, demorando mais para se desenvolver e florescer, o que interfere na quantidade de frutos, então poderá haver queda de grãos e perda de qualidade das Indicações Geográficas em São Paulo até julho de 2023 Divulgação/Mapa Há um ano, o então superintendente de Agricultura e Pecuária de São Paulo. São Paulo, Guilherme Campos (hoje secretário de Política Agrícola), encaminhou o pedido de potencial indicação geográfica (IG) do Café de Torrinha para os órgãos responsáveis do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em Brasília. Embora ainda não aprovado, a expectativa é que o processo continue consolidando mais uma região cafeeira com reconhecimento oficial. Os produtores locais esperam a IG porque, na prática, ajuda a agregar valor ao produto e a melhorar o nível de produção. A IG é concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). As indicações geográficas são uma política pública de proteção e promoção da propriedade intelectual que valoriza produtos ou serviços de uma determinada região através do reconhecimento de características específicas desse território e das pessoas que o produzem ou oferecem, estabelece o Mapa. No caso do Café de Torrinha, a IG tem sido promovida no âmbito do convênio com o Sebrae-SP e o Instituto Federal de São Paulo (IFSP). O Estado de São Paulo conta atualmente com sete produtos com IG reconhecida: café da Alta Mogiana, calçados de Franca, café da região do Pinhal, cerâmica artística de Porto Ferreira, café da região de Garça, calçados infantis de Birigui e a uva rosa Niágara de Jundiahy.
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