O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse esta quarta-feira que a União Europeia precisa de “conviver” com o França para poder selar o acordo comercial com o Mercosul. Lula voltou a enfatizar que os países sul-americanos estão prontos para assinar o acordo, o que não aconteceu, segundo ele, devido às dificuldades dos franceses em aceitarem “disputar” comercialmente com os produtores agrícolas brasileiros.
“Estamos prontos para assinar o acordo Mercosul e União Europeia. Agora depende da União Europeia porque nós aqui já decidimos o que queremos e já comunicamos isso a eles. com produtos agrícolas brasileiros certamente. [os franceses] teriam que competir com o nosso queijo mineiro, com o nosso vinho gaúcho. Mas eu já liguei para Ursula Von der Leyen (presidente da Comissão Europeia) dizendo a ela: ”Está pronto, nós do Mercosul estamos dispostos a assinar o acordo, você só quer que a gente assine”. Agora depende deles, não depende de nós.”
O presidente voltou a mencionar o tema ao participar, mais cedo, de evento promovido pela revista “CartaCapital” na Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. Esta não é a primeira vez que Lula volta a exigir agilidade do bloco europeu. Em julho, ele também culpou a UE pelo impasse e criticou os impostos europeus sobre o carbono.
Do lado europeu, as negociações são lideradas pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. As negociações entre os dois blocos decorrem desde 1999, ou seja, há 25 anos. A negociação foi quase concluída em 2019, mas nunca foi ratificada por nenhuma das partes.
No mesmo discurso, em contraponto ao impasse nas negociações com a União Europeia, Lula defendeu que o crescimento económico do Brasil exige uma aproximação comercial ainda maior com os países vizinhos.
“Hoje o nosso fluxo comercial com o Chile é maior do que com a França, com a Espanha. Ou seja, o nosso futuro está próximo de nós. É com essas pessoas que criaremos um bloco forte, com um PIB forte, e que iremos ser incluído nas negociações mundiais o Brasil não perderá essa chance”, argumentou.
Também esta quarta-feira, o presidente Lula disse que o Brasil pretende fechar uma “parceria estratégica” de “longo prazo” com a China. Segundo ele, isso será discutido no final do ano, quando o presidente chinês, Xi Jinping, vier ao país. O encontro entre os dois líderes está previsto para novembro, ao mesmo tempo em que o Brasil sediará as reuniões do G20, grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo e a União Europeia.
“Depois do G20, tenho um encontro bilateral aqui em Brasília com a China. É um encontro em que celebraremos 50 anos de relações diplomáticas, mas é um encontro em que discutiremos uma parceria estratégica de longo prazo com a China. não quero brigar com os EUA, pelo contrário, quero saber onde o Brasil vai entrar, com quem o Brasil vai dançar.”
Ao falar sobre as negociações com os chineses, o presidente dirigiu-se ao presidente da CNI, Ricardo Alban, que também esteve presente no evento. “Prepare-se, Alban, para esta parceria [com a China]”, acrescentou. Apesar disso, ele então acenou com a cabeça para o líder do evento. “Eu não te conhecia, mas todos os meus amigos confiam em você, então por que eu deveria suspeitar?”
Lula não especificou como seria essa possível parceria, mas deu a entender que o acordo envolve a chamada “Rota da Seda”. “Os chineses querem discutir a Rota da Seda conosco e nós discutiremos isso. Não fecharemos os olhos. Diremos: ‘O que isso traz para nós? O que isso traz para mim? O que isso traz para mim?’ é a discussão. Portanto, o Brasil precisa estar preparado”, acrescentou Lula.
Nesse sentido, o presidente argumentou que a “briga” entre Estados Unidos e China não pode impedir o crescimento do Brasil. “Queremos ser uma economia mais forte do que nunca e precisamos de procurar parceiros. Não vejo nada pela frente – nem mesmo a luta entre os EUA e a China – que me cause qualquer medo e que possa desviar o Brasil do caminho de crescimento em que entramos”, finalizou.
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