Lula promete tirar o Brasil do Mapa da Fome; dados mostram 8,4 milhões de subnutridos no país | Brasil

O Brasil deixou de fazer parte do Mapa da Fome em 2014, durante o mandato da ex-presidente do PT, Dilma Rousseff. Contudo, o país voltou à lista em 2019, devido ao agravamento dos indicadores sociais e às consequências da pandemia da Covid-19.

“Meu amigo Diretor Geral da FAO [Qu Dongyu, da Organização para Alimentação e Agricultura da ONU], vocês podem se preparar para anunciar em breve que o Brasil saiu novamente do Mapa da Fome”, disse Lula. Afirmou ainda: “Este é o compromisso mais urgente do meu governo: acabar com a fome no Brasil, como fizemos em 2014”.

O presidente falou na reunião de pré-lançamento da Aliança Global Contra a Fome, iniciativa proposta pela presidência brasileira no G20. O evento acontece no Galpão da Cidadania, na zona portuária do Rio de Janeiro.

Mais cedo, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, afirmou que a promessa do governo federal de retirar o Brasil do Mapa da Fome é que isso aconteça até o final do atual mandato de Lula, que termina em 2026.

Embora o número de pessoas desnutridas e com insegurança alimentar seja elevado, houve uma melhoria nos indicadores em comparação com o relatório do Mapa da Fome divulgado no ano passado. O atual documento já mede as medidas adotadas no primeiro ano do terceiro mandato de Lula.

O presidente atribuiu a melhoria ao facto de, nas suas palavras, “colocar os pobres no orçamento”. Comentando os dados mais recentes do Mapa da Fome, disse que “em suma, tomamos a decisão política de incluir os pobres no orçamento. Como resultado, só em 2023 retiramos 24,4 milhões de pessoas da insegurança alimentar grave. Ainda temos mais de 8 milhões de mulheres brasileiras nessa situação.”

Lula afirmou ainda que o combate à fome no Brasil está sendo feito por meio de um “novo contrato social”.

“No Brasil, combatemos a fome por meio de um novo contrato social, que coloca o ser humano no centro da ação governamental. Retomamos as políticas de aumento do salário mínimo, de erradicação do trabalho infantil e de combate às formas contemporâneas de escravidão”, afirmou.