Sem qualquer destaque, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou hoje o novo Plano Nacional de Educação (PNE) com as metas a serem perseguidas até 2034 e a repetição da promessa de aumentar os gastos com educação para 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em dez anos. O projeto agora será submetido à apreciação do Congresso Nacional.
O projeto foi assinado por Lula em cerimônia fechada, com a presença do ministro da Educação, Camilo Santana, e de parlamentares. Não houve discurso público do presidente ou do ministro sobre a proposta e a principal publicação do texto, enviado ao Congresso com dois meses de atraso, foi uma nota no site do ministério. O atual PNE não teve nenhuma de suas metas plenamente cumprida.
A promessa de aumentar os gastos públicos com educação já ocorreu em 2014, durante o governo Dilma (PT), mas mesmo a meta intermediária não foi alcançada depois de uma década. O plano anterior, que vigorou até esta quarta-feira, previa que o investimento público no setor atingiria 7% do PIB no sexto ano de vigência (2020) e 10% ao final do PNE. Mas não ultrapassou os 5,4% em 2020, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
O pacto para aumentar o financiamento para a educação foi lançado em meio a discussões dentro do governo sobre a necessidade de cortar gastos e debates internos sobre formas de cumprir o mínimo constitucional para o setor sem comprometer outras despesas e investimentos. Não há punição prevista para o descumprimento das metas e objetivos do PNE.
O projeto de lei ainda não foi divulgado, mas uma apresentação sobre o novo plano, à qual o Valor teve acesso, detalha quais serão os 18 objetivos, metas e estratégias gerais, como aumento de vagas em creches e ensino integral. O governo também propôs novos objetivos que não constavam do PNE anterior, como melhorar a qualidade da educação infantil e profissional e adotar políticas de conectividade e cidadania digital.
Na educação profissional técnica, a meta é passar de 14,5% de alunos do ensino médio matriculados em cursos profissionalizantes para 50% em dez anos. Desse crescimento, 45% das novas vagas deverão ser em escolas públicas. Outro objetivo nessa área é passar de 995 mil alunos em cursos de qualificação profissional com carga horária de 160 horas para 3 milhões de alunos.
Na educação infantil, a meta proposta é atender até 60% das crianças de até 3 anos com creches e universalizar vagas para crianças de 4 e 5 anos. Hoje, esses percentuais são de 42,3% e 93%, segundo o Ministério da Educação.
Para as escolas a tempo inteiro, o objetivo é garantir a existência de 55% de escolas públicas (hoje são 30,5%) para 40% dos alunos (atualmente a percentagem alcançada é de 20,6%)
Em nota publicada no site do MEC, Camilo disse que “a novidade do plano é que ele é mais objetivo do ponto de vista de suas metas” e que espera aprovação ainda este ano, para que tenha validade a partir de 2025 em diante, mas quem entende que haverá ampla discussão na Câmara e no Senado sobre a proposta.
As metas do plano atual foram perdidas
O atual PNE, aprovado em 2014 para vigorar até 2024, não teve nenhuma de suas metas totalmente alcançada.
Mais cedo, em evento na Câmara dos Deputados, o secretário-executivo adjunto do Ministério da Educação, Gregório Grisa, explicou que havia um desafio no avanço do plano nos diferentes governos, “um cenário grave de subfinanciamento” e os efeitos da pandemia .
Dos 56 indicadores de desempenho no cumprimento das metas, o governo considera que 53 foram sujeitos a avaliação e que apenas quatro foram atingidos a 100%. Outros 15 indicadores tiveram alcance entre 90% e 100%. Por outro lado, 14 indicadores foram atendidos entre 50% e 80% e nove tiveram nível inferior a 50%.
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