O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu novamente, na noite desta terça-feira (10), que seu governo realizará “todas as reuniões possíveis” para garantir o retomada de funciona do BR-319em especial a pavimentação de 52 quilômetros entre os trechos 198 e 250 da rodovia no Estado de Amazônia.
A pavimentação da rodovia que liga Manaus o Porto Velhocuja construção começou na década de 1990 1970 durante o ditadura militaré o centro das controvérsias entre ambientalistas, cientistas, comunidades locais e autoridades públicas por causa dos riscos ambiente e os impactos económicos que representa. O ex-presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, conhecido por sua postura antiambiental, foi um grande defensor da conclusão da obra.
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Apesar de defender a conclusão do BR, Lula alertou o governador do Amazonas, Wilson Lima, sobre a importância do Poder Público evitar as ações dos grileiros na região. O presidente admitiu, nesse sentido, que a obra poderia manchar a imagem do Brasil na comunidade internacional, o que impactaria exportar de mercadorias.
“Há muitas coisas para construir nesta rodovia [BR-319]ninguém jamais conseguiu refazer isso. Em vez de brigarmos, vamos começar agora com 52 km, vamos fazer todas as reuniões possíveis, mas temos que proibir grileiros de comprar terras de um lado e terras do outro [da BR].. Nada pode acontecer neste terreno até que provemos que será possível construir seriamente esta estrada. Não podemos brincar com o mundo porque o Brasil é um grande exportador de commodities e a questão ambiental tem um grande papel nisso”, ponderou.
Lula mencionou o assunto em reunião, na noite de terça-feira, com prefeitos do Amazonas, estado que sofre forte seca. O governador do Amazonas e senadores estaduais também participaram do encontro realizado em Manaus, capital do estado.
A Amazônia precisa ser preservada, mas não pode ser santuário
Ainda sobre esse tema, Lula disse que o Amazônia precisa ser preservado, mas não pode ser um santuário.
“O Fundo Amazônia É importante, mas não é apenas o pano de fundo. Queremos garantir uma vida digna às pessoas que vivem em Pantanalem florestanós Pampas. Todo mundo fala sobre a Amazônia. Não quero fazer da Amazônia um santuário, quero preservá-la, mas também criar condições de vida para as pessoas. Queremos provar que é possível melhorar a vida sem destruir o lugar onde criamos a nossa família”, defendeu.
Lula disse ainda que os responsáveis pelo registro é que deveriam pagar para “apoiar o povo” da região. “Temos que exigir que quem desmatou o país há 200 anos pague pelo sequestro de carbono para que possamos apoiar o nosso povo”, afirmou. “Essas pessoas precisam deixar de ser esquecidas e precisam ser lembradas como pessoas de primeira classe. Vim pisar em uma comunidade na Amazônia para que as pessoas saibam que não sou o presidente delas, sou elas na Presidência”, acrescentou.
O presidente disse ainda que queimado que atingiram diferentes regiões do país são “criminosos” e foram provocados deliberadamente por “pessoas que estão tentando destruir” o Brasil. Nesse sentido, Lula defendeu punir os responsáveis pelo incêndio antes que “o infortúnio” aconteça.
“Mal podemos esperar que o infortúnio aconteça para persegui-lo. mudanças climáticas Não é a invenção de um ambientalista, não é a invenção dos animais grilo. Hoje temos consciência de que o planeta Terra passa por dificuldades. Somos os únicos seres capazes de destruir o lugar onde vivemos. Ontem, São Paulo foi eleita a cidade com pior qualidade do ar do mundo. Ontem 45 cidades de São Paulo pegaram fogo e esse incêndio é criminoso, as pessoas estão tentando atear fogo para destruir esse país. Então precisamos punir quem provoca incêndios”, defendeu o presidente.
No encontro com prefeitos do Amazonas, o presidente aproveitou o tema para culpar a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, que, em sua opinião, fez vista grossa aos incêndios nos últimos anos. “O plano deles [governo Bolsonaro] ficou claro: abra o portão para deixar o gado passar”, criticou.
Lula anunciou então que seu governo criará um “comitê técnico-científico” para apoiar ações de combate seco.
“Falei com Marina [Silva] e disse que não podemos continuar culpando o prefeito [pelas queimadas]temos que transformar o prefeito em um parceiro nosso. E vamos fazer isso com todos os autarcas deste país”, argumentou.
Por fim, o presidente prometeu que seu governo apoiará a população amazonense da mesma forma que o governo petista teria feito no Rio Grande do Sulum estado que foi atingido por chuvas e inundações no primeiro semestre.
Também nesta terça-feira, o Ministro Flávio Dinodo Supremo Tribunal Federal (STF), fez uma série de novas determinações ao governo federal a respeito da combate a incêndio no país. Entre os pedidos estão o redirecionamento de forças policiais e bombeiros militares de estados não afetados pelos incêndios para os atingidos; a investigação da polícia e do Ministério Público sobre as causas dos incêndios nos municípios brasileiros e a requisição de aeronaves militares e do setor privado.
O ministro também solicitou Plano de Ação de Emergência de prevenção e enfrentamento o incêndios florestais para 2025. As determinações ocorreram após audiência com o Executivo Federal para discutir o combate a incêndios no país ocorrida no STF.
Após apresentação e discursos de representantes do governo Lula, Dino determinou a realização de um mutirão entre as Polícias Federal e Civil, a Força Nacional e o Ministério Público para investigar as causas dos incêndios provocados pela ação humana em 20 municípios da região Norte e Centro-Oeste – segundo a União, essas cidades são centrais em 85% dos focos de incêndio em todo o país.
Os municípios são: Jacareacanga (PA), Humaitá (AM), Candeias do Jamari (RO), Carcaraí (RR), Nova Mamoré (RO), Boca do Acre (AM), Feijó (AC), Nova Maringá (MT), Aripuanã (MT), Ourilândia do Norte (PA), Apui (AM), São Félix do Xingu (PA), Novo Progresso (PA), Lábrea (AM), Altamira (PA), Itaituba (PA), Porto Velho (RO) ), Colniza (MT) e Novo Aripuanã (AM).
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