O desembargador Leonardo Manso Vicentin, do 1º Tribunal Regional de Competência Empresarial e Conflitos Relacionados à Arbitragem, acatou nesta quarta-feira (3) o pedido de recuperação judicial da Casa do Pão de Queijo.
No requerimento protocolado na última sexta-feira (28), a rede de cafeterias menciona uma dívida de R$ 57,5 milhões.
A movimentação inclui a fábrica e 28 filiais próprias localizadas em aeroportos, sem franquias. Em 2008, a rede contava com mil pontos de venda espalhados pelo Brasil.
A recuperação judicial é citada pela rede como a “solução para a atual situação financeira, de forma a permitir que a administração da empresa honre todos os seus compromissos”. A fábrica, lojas próprias e franquias continuarão funcionando.
As dívidas trabalhistas somam R$ 244.318 do total, segundo o pedido. A maior parcela mencionada no pedido apresentado ao Tribunal refere-se à classe de credores “quirografários” (quirografários) e equivale a R$ 55,89 milhões. O valor restante de R$ 1,4 milhão refere-se a pagamentos a micro e pequenas empresas.
Vicentin aceitou o pedido para continuar prestando serviços. A Casa do Pão de Queijo alegou que a decisão foi necessária devido ao atraso nas contas de luz.
“Concedo a liminar pretendida para que as empresas CPFL Energia (Companhia Piratininga de Força e Luz) e EDP Smart Energia Ltda se abstenham de praticar qualquer ato de interrupção do fornecimento dos serviços contratados pela requerente em sua sede”, escreveu.
Pandemia foi um obstáculo inesperado
A Casa do Pão de Queijo cita o distanciamento social como fonte dos problemas. No pedido de recuperação, a empresa afirma que o fechamento das lojas a partir de março de 2020 resultou na atual crise financeira. A situação teria resultado na perda de produtos armazenados e dificultado o pagamento de aluguel e o pagamento de funcionários.
Com o avanço da pandemia, a Casa do Pão de Queijo reforça que o “sólido crescimento” da empresa, motivado pela grande circulação de pessoas nos aeroportos para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, foi interrompido.
A indústria que fornece matéria-prima para as lojas, localizadas em Itupeva (SP), também teve suas atividades suspensas algumas vezes por conta das restrições. “Isso resultou em uma perda considerável de produtividade”, destaca o pedido de recuperação.
As enchentes no Rio Grande do Sul também prejudicaram a operação. Quatro das 28 agências ficam no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, fechado desde o início de maio.
Segundo a empresa, as unidades “foram rentáveis e geraram fluxo de caixa significativo”. O impacto financeiro estimado é de R$ 1 milhão.
A cafeteria foi fundada em 1967, no centro de São Paulo. Na década de 1980, a empresa focada na venda de pão de queijo abriu fábrica própria no bairro Barra Funda e adotou o formato de franquia. Em 2008, a rede contava com mil pontos de venda espalhados pelo Brasil.
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