Você interesse futuro encerrou o pregão desta quinta-feira (12) com forte alta após um dia de ampla pressão na curva local. Uma série de fatores elevou o prêmio de risco local e fez das taxas o destaque negativo do dia.
Ao final da sessão, a taxa do contrato de Depósito Interbancário (DI) com vencimento em janeiro de 2025 passou de 10,93% no reajuste anterior para 10,965%; o do DI janeiro de 2026 passou de 11,78% para 11,88%; o do DI janeiro de 2027 saltou de 11,725% para 11,86% e o do DI janeiro de 2029 passou de 11,79% para 11,96%.
Entre os pontos observados pelos investidores, os resultados do setor varejista em julho corroboraram a visão de que a economia brasileira opera acima do seu potencial, o que exigiria um aumento mais intenso da taxa de juros por parte do Banco Central. Além disso, o grande volume de títulos pré-fixados oferecidos hoje pelo Tesouro e as discussões sobre aumento de gastos devido às condições climáticas também ajudaram a pressionar a curva.
Nos EUA, a yield das notas do Tesouro a 10 anos encerrou a sessão com uma subida de 3,658%, no fecho da véspera, em 3,678%.
O dia já começou com as taxas de juro futuras pressionadas por números mais fortes do que o esperado do sector retalhista em Julho. Os dados, aliados à também forte divulgação de ontem do setor de serviços, apontaram para uma atividade econômica que cresce acima do potencial e, portanto, pode exigir um ciclo mais intenso de aumento das taxas de juros por parte do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
“Estamos vendo números de atividades insistindo em surpresas positivas. Isso é bom para a economia, mas, por outro lado, na situação atual, pressiona a curva, ainda mais porque estamos na iminência de retomar o aperto monetário”, afirma o estrategista-chefe da BGC Liquidez, Daniel Cunha.
A pressão de uma forte actividade através da expectativa de um aumento da Selicno entanto, não explica o salto nas taxas de juro de longo prazo, observa o operador de uma grande instituição financeira. Mudanças nas perspectivas da política monetária tendem a impactar mais diretamente os vértices curtos da curva, que hoje tiveram elevação mais suave em relação aos longos.
Essa operadora menciona que a forte emissão de títulos prefixados nos leilões desta quinta — especialmente NTN-F — adicionou mais pressão à parte longa da curva. Além disso, diz que as contas externas estavam entre os tomadores de juros de longo prazo (investidores que apostam na subida das taxas), “e aí temos uma razão decente para esta pressão, mas uma razão da qual é muito difícil ter certeza”.
Vários participantes do mercado, inclusive Cunha, do BGC, ficaram assustados com o movimento desta sessão. Segundo o estrategista, o desempenho dos juros futuros brasileiros “foi o destaque negativo mundial”, mesmo “sem ter tido um grande vilão” para justificar tal comportamento.
Além dos motivos já citados, Cunha acredita que os agentes começaram a assumir uma postura mais defensiva enquanto aguardam a reunião do Copom na próxima semana. Diferentemente da maior parte do mercado, a BGC Liquidez acredita que a diretoria deve iniciar o esperado “miniciclo” de alta da Selic com alta de 0,5 ponto percentual.
“Nossa taxa ‘terminal’ é de 12%. Para o bem ou para o mal, é um nível que o mercado tem e os analistas projetam, a curva também precifica algo nessa faixa. Para nós, há mais ganhos no BC fazendo isso de forma mais proativa e ‘antecipada’ [mais célere]do que gradual, suavizado e prolongado. Há mais risco nesse tipo de estratégia”, argumenta Cunha.
Para ele, o BC deve evitar o risco de parecer muito brando na próxima decisão. Se o mercado interpretar a decisão e a declaração desta forma, “poderá haver uma nova rodada de desancoragem [das expectativas de inflação]com inclinação da curva e desvalorização do real”, pondera. Além disso, o Copom ainda enfrenta a desconfiança do mercado em meio a ruídos na comunicação dos dirigentes e ao processo de mudança da presidência, de Roberto Campos Neto para Gabriel Galípolo.
A isso se soma o fato de que condições climáticas adversas podem pressionar ainda mais os preços, lembra Cunha. “É sempre delicado passar por choques inflacionários, mesmo que temporários, num ambiente de descrença na condução da política monetária. Acrescenta fragilidade à dinâmica de preços e risco quando já possui componentes de falta de credibilidade, somados a uma expectativa de inflação não ancorada [da meta de 3%].”
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