Você interesse futuro reverteu o aumento observado durante grande parte da manhã e início da tarde, e encerrou a sessão desta terça-feira (17) com queda no vértices curtos e intermediários da curva de termos. O movimento ocorreu à medida que o mercado ajustava posições antes decisões de interesse Federal Reserve de amanhã (Fed) nos Estados Unidos e no Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil.
Anteriormente, a curva estava sob pressão, especialmente no longo prazo, devido a um conjunto de fatores como dados de atividade mais fortes do que o esperado nos Estados Unidos; risco fiscal com possibilidade de emissão de crédito extraordinário para combate à onda de incêndios em todo o país; e um leilão de NTN-B (títulos indexados à inflação medida pelo IPCA) com vencimento em 2060, cuja oferta não foi totalmente aceita pelos agentes financeiros.
Mas, à medida que o mercado se ajustava à provável alta de 0,25 ponto percentual (pp) na Selic e à precificação de um corte mais agressivo do Fed amanhã, de 0,5 pp, os juros começaram a cair, ainda que a ponta tenha encerrado por muito tempo o sessão com algum estresse residual.
Ao final do pregão, a taxa do contrato de Depósito Interbancário (DI) com vencimento em janeiro de 2025 passou de 10,96% do reajuste anterior para 10,945%; o do DI de janeiro de 2026 teve queda firme de 11,835% a 11,78%; o do DI janeiro de 2027 caiu 11,86%, para 11,81%; e o DI referente a janeiro de 2029 teve modesta alta, de 11,96% para 11,965%.
Nos Estados Unidos, a taxa do T-note de dois anos encerrou a sessão em alta de 3,561% para 3,615%, enquanto a taxa do T-note de dez anos subiu de 3,623% para 3,659%.
Para um participante do mercado que falou ao Valor sob condição de anonimato, os leilões realizados hoje pelo Tesouro Nacional – que não vendeu a oferta integral de 1,4 milhão de NTN-B – não explicam a inclinação observada na curva de juros. Essa fonte avalia que atualmente a organização se sente confortável em vender menos títulos indexados à inflação.
“O Tesouro tem uma almofada de liquidez que considera razoável e que lhe permite limitar as emissões com base nos preços que o mercado exige. Principalmente os títulos que o Plano Anual de Financiamento (PAF) não privilegia”, afirma.
Para este operador, o movimento da curva nesta sessão se deu pela expectativa de que o Copom entre em um ciclo de aumento gradual da taxa Selic nos próximos meses, a partir da reunião desta semana, ao invés de um ajuste mais agressivo.
Essa é, por exemplo, a expectativa de Diego Martins Silva, gerente de análise macroeconômica da Petros. Para ele, o Copom votará amanhã, por unanimidade, pelo aumento de 0,25 ponto da Selic em meio à piora do cenário inflacionário e à atividade mais forte do que o esperado nos últimos meses.
“As declarações dos membros do comitê destacaram a necessidade de uma melhoria nos dados econômicos para reduzir o desconforto com a inflação. Mas o que vimos foi uma contínua desancoragem das expectativas de inflação, uma deterioração da taxa de câmbio e uma atividade económica surpreendente para cima”, afirma Silva.
O profissional não espera, porém, que o ajuste da Selic seja de tamanha magnitude, e seu cenário base prevê quatro altas de 0,25 ponto, levando a taxa de juros ao patamar de 11,5% em janeiro de 2025.
“O cenário externo mais benigno, com início de redução dos juros nos Estados Unidos, deve dar tranquilidade para que o Banco Central não precise acelerar o ritmo de aumento. Uma possível desaceleração da atividade econômica ainda estará no radar do comitê, considerando o menor impulso fiscal a partir do segundo semestre deste ano”, projeta.
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