Você interesse futuro encerrou a sessão desta terça-feira (3) próximo aos ajustes da sessão anterior. Os vértices mais curtos acabaram apresentando algum viés de alta, dados os dados do Produto Interno Bruto (PIB) muito mais forte do que o esperado, enquanto as taxas mais longas fecharam o dia em queda, também pressionadas pelo ambiente de queda nos rendimentos dos títulos públicos globais.
Ao final da sessão, a taxa do contrato de Depósito Interbancário (DI) para janeiro de 2025 oscilou de 11,00% do reajuste anterior para 10,975%; o DI para janeiro de 2026 passou de 11,885% para 11,925%; o DI de janeiro de 2027 passou de 11,975% para 11,96%; e o DI de janeiro de 2029 caiu de 12,165% para 12,135%.
Nos EUA, o rendimento da nota do Tesouro de 10 anos caiu de 3,911% para 3,836%.
Os fortes dados do PIB brasileiro no segundo trimestre fizeram com que o mercado aumentasse as apostas pela manhã de que o Copom elevará a taxa Selic em 0,5 ponto percentual na reunião de setembro. O movimento ocorreu mesmo após a indicação clara do presidente do BC, Roberto Campos Neto, na última sexta-feira (30) de que, caso seja retomado um ciclo de aperto monetário no país, ele será gradual.
As apostas em alta mais agressiva da Selic perderam força durante a tarde, à medida que o mercado interno se alinhou ao comportamento dos Treasuries, mas ainda permanecem com probabilidade importante, segundo preços extraídos da curva de juros, que mostra a divisão do mercado em relação ao resultado da próxima reunião do Copom.
Atualmente, a precificação inclui alta de 0,36 ponto na Selic neste mês, o que representaria uma probabilidade implícita de 47% de aumento de 0,5 ponto na taxa básica de juros —cálculo que considera apenas o cenário entre alta de 0,25 ponto e um aumento de 0,5 pontos. Durante a sessão, essa probabilidade ultrapassou 60%.
Nas reuniões seguintes, em novembro e dezembro, a precificação da curva de juros inclui aumentos de 0,46 ponto e 0,46 ponto, respectivamente, o que levaria a uma Selic entre 11,75% e 12% (11,8% no total) ao final do ano. 2024.
Na visão da economista-chefe da Ventor Investimentos, Marina Rossi, o cenário de forte atividade doméstica, reforçado pelos dados do PIB divulgados hoje, indica que será muito difícil evitar um novo ciclo de aperto monetário no Brasil. “Do ponto de vista do Banco Central, esta economia que não desacelera é preocupante. Não há muita maneira de evitar um ciclo ascendente. Estamos pensando que o Copom começará em 0,25 ponto, mas acabará sendo obrigado a subir ainda mais”, afirma.
A projeção de Ventor, até os dados divulgados nesta manhã, era de uma Selic de 12% no final do ciclo, mas a estimativa está sendo revisada para cima e deve ficar em torno de 12,5%, segundo o economista. “É um hiato preocupante. A composição do PIB traz conforto zero ao Banco Central. A Formação Bruta de Capital Fixo cresceu, mas ainda não atingiu um nível que permita afirmar que o investimento está a impulsionar o crescimento. É consumo”, diz Marina.
Para o economista, ao avaliar o ambiente doméstico, fica claro o diagnóstico de que atualmente há um crescimento acima do potencial. “Mesmo que Nairu [taxa de desemprego de equilíbrio] é hoje mais baixo do que era antes, não está ao nível de desemprego que temos actualmente. O desequilíbrio é claro”, finaliza.
O economista avalia ainda que a comunicação entre os membros do Copom foi um pouco “confusa” nos últimos dias e um dos motivos que levou a isso foi o ambiente externo.
“Você vê Roberto Campos Neto e Paulo Picchetti dando um pouco mais de ênfase a um cenário externo mais benigno. Mas, para mim, o PIB de hoje foi a ‘pá na areia’ de que não podemos esperar que o cenário externo faça todo o trabalho. Estamos numa situação bastante alheia ao resto do mundo e seria arriscado para o Copom apostar que só a melhoria externa seria suficiente”, afirma.
Chamou-se a atenção para a direcção das taxas de juro locais curtas, num dia de declínio generalizado nos rendimentos de outras obrigações públicas em todo o mundo. Após os fracos números do PMI industrial dos EUA, a taxa das notas do Tesouro a 10 anos caiu de 3,911% para 3,836%; enquanto o do Bund alemão de 10 anos subiu de 2,342% para 2,279%.
“Com o retorno dos EUA das férias e o fim da temporada de férias de verão, os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA começaram a fechar [cair] devido a algumas preocupações sobre a falta de crescimento após a divulgação dos números do PMI. Localmente, seguimos na direção completamente oposta com o PIB surpreendendo com um número mais forte e os participantes aumentaram o coro para um aumento de 0,5 ponto na próxima reunião do Copom. A reação do mercado foi nesse sentido, com certo achatamento da curva”, aponta o tesoureiro de um banco local.
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