O movimento no mercado de interesse futuro ocorreu em duas direções diferentes nesta sexta-feira (9). Enquanto o taxas curtas subiu, pressionado pelo avanço acima do esperado do IPCA do mês de julho, o taxas intermediárias e longo registou uma queda acentuada, após discursos considerados “hawkish” (a favor do aperto monetário) por parte do diretor de política monetária de Banco Central, Gabriel Galípoloontem à noite — fato que também acabou contribuindo para o avanço da porção curta da curva, à medida que os agentes incorporam prêmios na curva.
Ao final do pregão desta sexta-feira, a taxa do contrato de Depósito Interbancário (DI) para janeiro de 2025 passou de 10,69% no reajuste anterior para 10,74%; o DI de janeiro de 2026 caiu de 11,575% para 11,50%; o do contrato de janeiro de 2027 caiu de 11,695% para 11,50% e o do DI de janeiro de 2029 caiu de 11,815% para 11,565%.
O mercado começou a retirar prêmios de risco na parte intermediária e longa da curva de juros no pregão desta sexta, levando a uma queda firme nas taxas futuras. Ontem, Galípolo fez um discurso muito alinhado com a ata do Copom, divulgada nesta terça-feira (6). Ele afirmou que os novos diretores ainda precisam ganhar credibilidade perante a sociedade e ressaltou o compromisso com a meta de inflação, lembrando que o IPCA projetado para o primeiro trimestre de 2026, que é o atual horizonte relevante para a política monetária, está em 3,2%. e, portanto, acima da meta de inflação (3,0%).
O dirigente também manifestou a opinião de que o equilíbrio de riscos para a inflação era assimétrico neste momento, com mais riscos ascendentes para a inflação.
Nesse contexto, os agentes avaliam que aumentou a probabilidade de aumento dos juros no curto prazo e diminuíram os riscos de um Copom mais brando com a inflação a partir do próximo ano. Vale lembrar que o diretor de política monetária é, neste momento, o principal candidato a assumir a presidência do Banco Central no próximo ano.
Após sinalização dura do Banco Central ontem, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de julho ficou acima do esperado pelo mercado, levantando mais uma vez a discussão sobre a necessidade de o Copom retomar o aperto monetário.
A inflação subiu 0,38% em julho frente a junho, acima da mediana das estimativas coletadas pelo Data Valorum aumento de 0,35%. Os dados também levantaram preocupação em relação à composição, que mostrou núcleos de inflação e preços de serviços acima do esperado pelo mercado.
Nesse contexto, no mercado de opções digitais do Copom, as apostas na elevação dos juros na reunião de setembro passaram a ser majoritárias. A probabilidade de um aumento de 0,25 pontos aumentou de 19% para 23% e a de um aumento de 0,5 pontos aumentou de 25% para 31%.
A perspectiva de aumento dos juros no Brasil acabou, por outro lado, dando força ao real. Nesta sexta-feira, o dólar caiu 1,07% frente ao real, sendo negociado a R$ 5,5146 e com desempenho melhor que pares comparáveis.
“No meu entendimento, precisamos que o real esteja mais valorizado, perto de R$ 5,40, para evitar aumento da taxa básica, mas estamos na metade do caminho e é bom ver que o tom ‘hawkish’ do comitê tem sido bastante eficaz se o cenário externo continuar a nos ajudar, talvez consigamos evitar esse aumento da taxa”, aponta o tesoureiro de um banco local.
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