Ó presidente da Fiesp, Josué Gomesdisse, nesta terça-feira (30), que existe uma obsessão pelo nome do Ela dentro no país, afirmou que não engana associados com narrativas para fazer “manchetes” e afirmou que, se tivesse contratado as empresas que tanto falam dele, Shein não gastaria tanto com marketing e influenciadores como gasta hoje .
Foi a primeira vez que Gomes falou publicamente sobre o tema, também sobre o acordo da sua empresa Coteminas com Shein, e pelas críticas de que ele teria adotado uma postura conflituosa ao negociar uma parceria com a plataforma chinesa e liderar a maior entidade da indústria nacional quando os setores discutiam novas regras tributárias para plataformas estrangeiras.
Ao fazer suas críticas, Gomes não mencionou especificamente a indústria têxtil nacional, integrante da Fiesp, e o varejo nacional, que esteve em negociações com o governo entre 2023 e 2024 e criticou duramente as plataformas asiáticas beneficiadas pelo programa. Envio em conformidade. O programa garantiu isenção de importação em embarques de até US$ 50 para quem seguisse determinados padrões de importação.
“Acho que o esforço para falar em nome dela é admirável. [Shein]. Se ela não tivesse gasto tanto em marketing e influenciadores, e apenas deixado as pessoas falarem em seu nome, ela não teria tido um resultado tão avassalador”, disse ele, ironicamente. “Não consigo entender por que as empresas continuam falando sobre isso e anunciando.”
“Eu os vejo como clientes”
Segundo ele, o problema das plataformas existia por falta de igualdade tributária, mas a questão foi resolvida. Até ao final de Julho, havia isenção fiscal nas importações até 50 dólares e, desde então, é aplicada uma taxa de 20%. No Brasil, a cadeia produtiva da moda paga cerca de 90% em impostos, desde a fabricação até as vendas.
“Existe uma empresa admirável, super competitiva, que vende R$ 120 bilhões [trata-se do Mercado Livre, que não é asiático, mas argentino] e temos que entender isso. A indústria precisa aderir a isso. Caso contrário, haverá problemas.”
“Eu os vejo como potenciais clientes e são eficientes e competitivos”, disse Gomes, durante coletiva de imprensa na sede da Fiesp, principal federação que representa a indústria brasileira. “Eu não sou o porta-voz deles [Shein]mas a digitalização é um caminho inevitável.”
A Coteminas, empresa liderada por Gomes, em recuperação judicial, fechou acordo de produção com a Shein, que não avançou, conforme noticiou o Valor em junho, por causa de alterações feitas pela Shein nos acordos comerciais assinados após o anúncio.
O executivo da Coteminas disse ainda que foi criada uma narrativa contra as plataformas com números falsos, e que as vendas da Ásia para o Brasil são muito menores do que dizem. Ele disse que o valor movimentado é de apenas R$ 15 bilhões, incluindo todas as plataformas, na venda de itens internacionais.
Questionado sobre o fato de que R$ 15 bilhões a R$ 20 bilhões são apenas as vendas projetadas da Shein este ano no Brasil, e a Shopee tem outros R$ 15 bilhões em vendas brutas totais estimadas pelo mercado só neste ano no país, ele disse que 60% dos o que Shein vende é nacional. E 85% das vendas do Shopee vêm de comerciantes locais. Shein não havia divulgado esse número até hoje.
Sobre o fato de ocupar o cargo de presidente da Fiesp, entidade do setor paulista, e não participar de discussões representando o setor, durante negociações com plataformas asiáticas, Gomes disse que deixou claro, em comunicado por escrito, seu apoio para isonomia. Mas ele não queria “enganar associados”.
“Quem diz que o problema é a falta de igualdade está enganando os associados e eu não faço isso. Não preciso de manchetes ou anúncios de que estou resolvendo o problema do membro, porque isso pode ser um problema no futuro.”
“São viajantes internacionais que trazem ao país R$ 180 bilhões por ano, o que é 12 vezes o valor das plataformas. E tem esse fluxo que vem do Paraguai também. Então, [os marketlaces] não são o único problema”, disse ele.
“Gostaria que o problema da indústria brasileira fosse ‘transfronteiriço’. São R$ 12 bilhões, R$ 15 bilhões por ano. São 5%, 6%”, disse ele.
“Eles inventaram um número, uma narrativa. E houve mérito por parte do governo em resolver a questão.” Desde 1º de agosto, existe uma taxa de importação de 20% sobre mercadorias, nas remessas acima de US$ 50, mais ICMS de 17%.
Gomes também foi questionado sobre sua possível posição conflituosa ao presidir a Coteminas, que assinou acordo com a empresa chinesa Shein, e comandar a Fiesp. Shein fez um empréstimo de US$ 20 milhões à Coteminas em 2023.
“Não vejo nenhum conflito porque separo as coisas com clareza. Nunca peguei avião nem paguei nada relacionado à minha empresa.”
Gomes foi questionado sobre o motivo pelo qual não participou nas reuniões para debater o tema da isenção com o governo e as empresas, entre 2023 e 2024, apesar de ter sido convidado para as reuniões, mas não respondeu.
Ele também foi questionado por que não nomeou interlocutor da Fiesp para o tema, considerando que a Coteminas já tinha contrato de financiamento com a Shein, e ele poderia estar “em conflito” no caso, mas não se pronunciou.
Gomes também comentou o pedido de recuperação judicial da Coteminas, empresa em crise e administrada por ele.
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