Segundo o IBGE, no ano, o IPCA acumulou alta de 2,48%. Nos últimos 12 meses, a taxa é de 4,23%, acima dos 3,93% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. O IPCA, portanto, permanece dentro da faixa considerada tolerável pelo governo. A meta de inflação para este ano é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Portanto, o “limite aceitável” é de 4,5%.
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O resultado ficou abaixo da mediana das projeções de 33 instituições financeiras e consultorias entrevistadas pelo Valor Data. A mediana indicou que o índice aceleraria para alta de 0,32%. As projeções variaram de 0,23% a 0,34%.
O que subiu e o que caiu?
Segundo o IBGE, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete aumentaram em junho. O maior impacto veio de “Alimentação e bebidas”, com alta de 0,44% e contribuição de 0,10 ponto percentual (pp) no índice cheio.
A maior variação veio do grupo Saúde e cuidados pessoais, com alta de 0,54% e contribuição de 0,07 pp.
Na outra ponta, o grupo Transportes registrou queda de 0,19%, após alta de 0,44% em maio. Os demais grupos ficaram entre a leve queda de 0,08% em Comunicação e o aumento de 0,29% em Despesas Pessoais.
No grupo Alimentação e Bebidas, a alimentação no domicílio desacelerou de 0,66% em maio para um aumento de “apenas” 0,47% em junho. Foram observados aumentos nos preços da batata-inglesa (que subiu 14,49%), do leite longa vida (aumento de 7,43%), do café moído (que subiu 3,03%) e do arroz (aumento de 2,25%). Do lado da queda, destacam-se a cenoura, que ficou 9,47% mais barata, a cebola, que ficou 7,49% mais barata e as frutas, que caíram 2,62%.
A alimentação fora do domicílio aumentou 0,37% e registrou variação menos intensa em relação ao mês anterior, quando o aumento foi de 0,50%. Segundo o IBGE, os subitens lanche e refeição desaceleraram: de 0,78% para 0,39% e de 0,36% para 0,34%, respectivamente.
- Saúde e cuidados pessoais
No grupo Saúde e cuidados pessoais, o aumento foi de 0,54% e a maior influência veio dos perfumes, que subiram 1,69%. Os planos de saúde aumentaram 0,37% após reajuste de até 6,91% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 4 de junho, com vigência a partir de maio de 2024.
O grupo Habitação aumentou 0,25%, influenciado pelo aumento de 1,13% nas taxas de água e esgoto. O subitem gás canalizado caiu 0,49%. A energia elétrica residencial aumentou 0,30%.
A queda de 0,19% no grupo Transportes foi influenciada pela queda de 9,88% nas passagens aéreas. Em relação aos combustíveis, o aumento foi de 0,54%. Os preços do óleo diesel e da gasolina veicular caíram. As quedas foram de 0,64% e 0,e1%, respectivamente. A gasolina subiu 0,64% e o etanol subiu 0,34%.
Como o resultado pode afetar a Selic?
O Brasil está em um momento mais cauteloso em relação à inflação. Não é novidade que o Banco Central manifesta preocupação com a força de alguns dados da economia brasileira (especialmente o mercado de trabalho). Isto porque o aumento da actividade, especialmente com salários mais elevados, pode levar a mais inflação. Afinal, há mais dinheiro circulando. E qual é a saída neste caso? Mantenha as taxas de juros altas.
Portanto, o Banco Central optou, em sua última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), por manter os juros em 10,5% ao ano, encerrando (pelo menos por enquanto) o ciclo de cortes.
Agora, não só o mercado, mas também a autoridade monetária vão “esperar para ver” os efeitos desta mudança de rumo na economia. É importante lembrar que a inflação continua a aumentar. Em outras palavras, houve apenas uma “desaceleração”. Assim, os preços continuam a subir. Porém, se continuarem a subir num ritmo mais lento do que o esperado, isso pode ser um sinal de que a alta dos preços está sob controle e, a partir daí, o Banco Central poderá pensar em novos cortes.
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