A confirmação de que a taxa básica de juros, a Selic, permanecerá elevada por mais tempo do que o esperado abalou o mercado de fundos imobiliários em junho. O IFIX, índice de referência da classe, caiu 1%, pior desempenho desde outubro do ano passado, quando desvalorizou 1,97%. No balanço do primeiro semestre, a indústria conseguiu defender um ganho de 1%, ainda sob os efeitos do ciclo de redução de juros. Para você ter uma ideia, Ifix iniciou o ano renovando recordes históricos.
E foi bom até março. Desde então, tem sido ruim.
Além da mudança no cenário dos juros, que deverá permanecer na casa dos dois dígitos até o início do próximo ano, o último mês do primeiro semestre também foi marcado por outras questões que jogaram contra a turma.
- A Preocupação do Banco Central (BC) com tendência de alta nas projeções de inflação, que se distancia cada vez mais da meta perseguida pela autoridade monetária, de 3% ao ano. No Relatório de foco mais recentemente, as expectativas do mercado foram revistas para cima pela sétima semana consecutiva, para 3,98% ao ano.
- A escalada do risco fiscal em meio à incerteza sobre a capacidade do governo de cumprir a meta fiscal estabelecida para este e para os próximos anos. Para o comentários recentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao presidente do BC, Roberto Campos Neto, acrescentam uma dose extra de aversão.
- A soma de tudo isso resulta em um aumento do prêmio pago pelo risco de investir no Brasil. Guiada pelas dúvidas em relação ao imposto, a curva de juros nacional segue em trajetória ascendente.
Do ponto de vista do mercado, é difícil para o rendimento variável competir com o rendimento fixo num contexto cenário de altas taxas de juros por mais tempo. Se existe a opção de investir em um ativo de menor risco e com retorno interessante, por que se expor ao risco?
Há, portanto, menos interesse em investimentos de maior risco. Por outro lado, investidores começam a procurar ativos mais conservadoresgeralmente indexado ao CDI ou IPCA.
No caso dos fundos imobiliários, os do segmento “papel”que investem em títulos de renda fixa do setor imobiliário, como os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), oferecem essa possibilidade. Setor é a grande aposta para o próximo semestre.
“Os fundos de recebíveis imobiliários com ativos indexados ao CDI serão beneficiados por taxas de juros mais altas e, consequentemente, deverão entregar maiores retornos”, avalia Flávio Pires, analista de fundos imobiliários do Santander.
Maria Fernanda Violatti, da XP, também acredita que esses fundos estão melhor posicionados para refletir o momento do mercado. Com a inflação pressionada e os juros elevados, o segmento de papel deverá trazer menos volatilidade e, portanto, mais resiliência às carteiras de investimentos.
Os fundos “tijolo”, como são conhecidas as carteiras que investem em imóveis físicos, são mais sensíveis às movimentações da taxa Selic. Além de perderem a preferência por ativos indexados ao CDI, esses fundos também são impactados pela dinâmica do mercado imobiliário em altas taxas de juros.
Mas isto não significa que não haja oportunidades no segmento de tijolos, especialmente para quem pretende lucrar com a estratégia de ganhos de capital num horizonte de médio e longo prazo. Para esse objetivo, o segmento de placas corporativas, por exemplo, tem maior espaço de valorização em relação aos demais setores.
Quem ganhou e quem perdeu no 1º semestre?
- Apesar das incertezas sobre o rumo dos fundos tijolos nos próximos meses, eles estavam no topo da lista dos maiores valorizações no semestre. Entre os cinco primeiros, quatro investem em imóveis (MFII11, HGPO11, TVRI11 e RBRP11), enquanto apenas um pertence ao segmento de recebíveis imobiliários.
- Na extremidade oposta, a lista de fundos imobiliários com pior desempenho no semestre tem de tudo um pouco. Dois fundos são feitos de papel (HCTR11 e VSLH11), outros dois investem em imóveis (RECT11 e XPPR11) e apenas um é do segmento híbrido, que traz em carteira tanto recebíveis quanto fundos tijolos (ORD11).
juros emprestimo bancario
simular emprestimo pessoal itau
emprestimo aposentado itau
quem recebe bpc pode fazer financiamento
empréstimo caixa simulador
quanto tempo demora para cair empréstimo fgts banco pan
empréstimo consignado do banco do brasil