Ibovespa tem alta firme impulsionado por balanços e bom humor externo | Finanças

No final do dia, o Ibovespa subiu 0,90%, para 128.661 pontos. Na mínima intradiária tocou 127.515 pontos e, na máxima, 128.793 pontos. O volume financeiro negociado no pregão (até 17h15) foi de R$ 14,95 bilhões no Ibovespa e de R$ 20,18 bilhões na B3. Em Nova Iorque, o S&P 500 ganhou 2,30%, o Dow Jones fechou em alta de 1,76% e o Nasdaq avançou 2,87%.

Entre os líderes da sessão estão as ações ordinárias da Embraerque subiu 9,99%, após a empresa reportar lucro líquido de R$ 1,74 bilhão no segundo trimestre, aumento de 7,6% em relação ao mesmo período de 2023. A seguir vem Petz ON, com ganhos de 7,01%, e Dexco ON, que avançou 5,95%.

As ações preferenciais e ordinárias do Petrobrás também subiram na sessão, com ganhos de 1,65% e 1,74%, respectivamente, em meio à alta dos preços do petróleo óleo e a poucas horas de divulgar seu balanço. Segundo analistas, os resultados não devem surpreender, mas os investidores devem ficar atentos a um possível anúncio de distribuição de dividendos.

Apesar de surfar no bom humor global, o Ibovespa conseguiu decolar um pouco quando o cenário externo se mostrou mais desafiador, como foi o caso do pregão desta segunda-feira (5). Enquanto o principal índices de ações de Nova Iorque sofreu pesadas perdas, o Ibovespa recuou apenas 0,46%. No acumulado da semana, o Ibovespa subiu 2,23%, enquanto as bolsas americanas seguem no vermelho.

“Estamos em um momento diferente das demais exchanges”, avalia o analista Hayson Silva, da Nova Futura Investimentos. “Em outros mercados, foi uma recuperação liderada por títulos tecnologiaem grande parte devido ao movimento de inteligência artificial. Não temos esse tipo de função, então ficamos para trás”, diz ela.

O profissional destaca que o mercado acionário brasileiro continua muito desvalorizado, com múltiplos muito atrativos, ou seja, a relação entre o preço de mercado por ação e o lucro por ação da empresa é menor do que poderia ser, o que deve atrair investidores.

Em relação ao investimento estrangeiro, o analista afirma que a dinâmica de alocação global deverá ser revertida no segundo semestre. “Tivemos muita saída de capital estrangeiro indo para a renda fixa americana. À medida que o ciclo das taxas de juros começar a diminuir nos EUA, isso poderá tornar o Brasil mais atraente e o mercado poderá ver este ano o que vimos no ano passado.”