Ibovespa mantém viés positivo mesmo após sequência de altas | Finanças

Por volta das 13h10, o Ibovespa subia 0,15%, aos 128.483 pontos. O mínimo intradiário foi de 128.202 pontos, enquanto o máximo atingiu 128.733 pontos. O volume financeiro projetado para o índice no dia foi de R$ 10,646 bilhões. Em Nova Iorque, o S&P 500 subiu 0,68%, para 5.622 pontos, o Dow Jones subiu 0,72%, para 30.041 pontos, e o Nasdaq subiu 0,69%, para 18.412 pontos.

As altas mais relevantes da sessão são as Units BTG (1,82%), Eletrobras ON (0,91%) e B3 ON (3,89%), que tentam impulsionar a bolsa. O avanço das commodities, com altas do minério de ferro e do petróleo, também é capaz de dar alguma sustentação ao índice. Nesse sentido, Vale ON sobe 0,26%, Petrobras ON avança 0,10% e Petrobras PN ganha 0,13%. Por outro lado, empresas sensíveis a juros corrigem os ganhos recentes, como Soma ON e Renner ON, que caem 1,69% e 1,24%, respectivamente.

O cenário interno é o principal catalisador do movimento de hoje na bolsa, ainda mais pela proximidade do fim de semana, afirma Fernando Bresciani, analista do Andbank. Para ele, o impulso do índice poderá continuar ao longo da sessão e nos próximos dias, se os atores políticos e os dados macroeconômicos ajudarem.

“O governo federal precisa comprovar seu compromisso com a política fiscal. Não adianta só falar, você precisa fazer. O mercado aguarda alguma luz no fim do túnel do governo”, afirma o profissional. “O governo disse que gastaria menos, mas os investidores precisam acreditar nisso.”

O retorno do capital estrangeiro à bolsa é animador, mas as projeções de inflação no país pioraram e a valorização do dólar frente ao real são fatores que podem dificultar a continuidade desse movimento, argumenta Bresciani. O superávit de junho da categoria foi de R$ 2,882 bilhões até quarta-feira (10).

“No ano passado o estrangeiro investiu pouco, ganhou muito dinheiro e depois foi embora. Se houver corte nos juros da economia americana, significa que a economia vai continuar crescendo e pode ficar assim”, pondera. Por isso, ele afirma que não há certeza se o retorno do estrangeiro poderá ser mais duradouro.

Sobre a rotatividade de funções na carteira para incluir empresas nacionais, Bresciani afirma que alguns setores vão bem, como supermercados, mas outros podem decepcionar, como o de vestuário, que pode sofrer perdas com o frio mais ameno do inverno.