Ibovespa fecha em alta de mais de 1% e retoma os 124 mil pontos | Finanças

No final do dia, o índice subiu 1,36%, para 124.308 pontos, no máximo intradiário. Nas mínimas intradiárias, atingiu 122.642 pontos. O volume financeiro negociado no pregão (até 17h15) foi de R$ 15,66 bilhões no Ibovespa e de R$ 22,12 bilhões na B3. Em Nova York, o S&P 500 subiu 0,09%, para 5.482 pontos, o Dow Jones fechou em alta de 0,09%, para 39.164 pontos e o Nasdaq subiu 0,30%, para 17.858 pontos.

Mesmo com câmbio e juros pressionados durante grande parte da sessão, de olho nas incertezas locais, o Ibovespa encontrou espaço para continuar corrigindo parte das perdas recentes. No final das contas, os elogios do presidente Lula a Gabriel Galípolo e as conversas sobre uma possível contenção de custos coincidiram com o avanço dos ativos locais para seus máximos intradiários.

Filipe Villegas, estrategista de ações da Genial Investimentos, acredita que o movimento positivo visto nos últimos dias parece mais técnico do que fundamentado, pois os preços estavam muito atrativos e o mercado está leve, com espaço para alocação especulativa por parte de investidores institucionais. Mas também é verdade, diz ele, que houve algum alívio nas incertezas internas, principalmente pelo nível de estresse embutido nos ativos e pela decisão unânime do Copom.

“Acredito que ainda existe um exagero nos preços de mercado já que, ao analisar a curva de juros, temos preços em aumentos da taxa básica, e não parece que isso vai acontecer. Temos sido muito conservadores em nossas recomendações, mas talvez aumentemos um pouco o beta das nossas carteiras em julho, ainda que de forma tática. Pode até ser um momento oportuno devido à temporada de balanços, com divulgações a partir do próximo mês”, afirma.

Nessa linha, diz o executivo, quando o Ibovespa está dividido entre empresas defensivas e agressivas, o primeiro grupo tem sido clara preferência dos investidores desde o final de abril, quando as incertezas locais começaram a determinar os rumos dos ativos. Agora, o segundo grupo volta a ganhar espaço, ainda que de forma tímida e especulativa. Na sessão, o Índice SMLLmais carregado de teses sensíveis às taxas, subiu 2,21%.