O dólar já subiu quase 5% no mês, os embates entre Executivo e Banco Central e Planalto e Congresso também continuam bem vivos; Mesmo assim, o Ibovespa caminha para fechar junho com ganhos em relação ao mês anterior. Desde o início do ano, apenas fevereiro terminou no azul. Os meses restantes foram de puro “sofrimento”.
- O índice de ações encerrou a sessão com ganhos de 1,36%, aos 124.308 pontos. No mês, acumula alta de 1,81% e queda de 7,36% no ano.
- O volume negociado da bolsa ficou em linha com R$ 17 bilhões nos últimos 12 meses, após diversas sessões de fraco giro.
Hoje, o mercado internacional de notícias. No exterior, os investidores ficaram um pouco mais abertos ao risco após o PIB dos Estados Unidos sugerir uma desaceleração da atividade no país. O discurso de um funcionário do Banco Central americano que sugeriu a possibilidade de mais de uma redução nas taxas de juros ainda este ano também ajudou.
Esta combinação teve um impacto positivo não só no mercado de ações, mas também na curva de taxas de juros, derrubando as taxas dos títulos do governo dos EUA. A queda serviu para aliviar a pressão sobre o dólar, que subiu quase 5% neste mês. Na sessão desta quarta-feira, 26, a moeda americana atingiu a maior cotação em dois anos e meio.
Quando os juros sobem nos EUA, os investidores tendem a migrar para esses títulos, que se tornam mais atrativos e oferecem altíssima segurança, praticamente sem risco de inadimplência. Dessa forma, o dinheiro sai de outros ativos (como bolsas de valores americanas e mercados emergentes) para a renda fixa americana. O dólar aqui fica mais escasso e sobe.
- Nesta quinta, o dólar comercial caiu 0,20%, sendo negociado a R$ 5,51. No ano, o ativo acumula alta de 13,5%.
A recente alta do Ibovespa é um respiro, mas ainda está longe da alta de 134 mil pontos daquele saudoso 27 de dezembro de 2023. Para quem está desanimado, vendo que os juros parecem cada vez mais distantes de uma redução no Estados Unidos; OK vale lembrar que, neste momento, o Ibovespa ainda está 5,70% acima do que estava no mesmo período do ano passado.
Se a situação virar neste segundo semestre e os otimistas estiverem corretos, a queda dos juros nos Estados Unidos poderá ocorrer antes da virada do ano. Se sim, quem sabe, talvez o rali verificado nos últimos meses de 2023 se repita?
O exterior – com a economia chinesa enfraquecida, a europeia enfraquecida e a economia americana ainda forte o suficiente para manter a inflação fora da meta – é certamente um grande obstáculo para o mercado acionário brasileiro. Mas ele não é o único que permanece avesso ao risco.
Internamente, a angústia em torno das contas públicas é crescente. O mercado pressiona o governo para que corte gastos, ao mesmo tempo que insiste em seguir o caminho do aumento da receita. Mas o crescimento das receitas, temem os empresários, trará sobre os seus ombros uma carga fiscal maior. E não se trata apenas de não querer pagar mais impostos, há uma linha que defende que mais impostos azedam o ambiente de negócios do país e impedem o investimento e o crescimento.
É precisamente este risco fiscal que fez subir as taxas de juro futuras. Taxas de juros que já eram pressionadas pelas taxas dos Estados Unidos. Afinal de contas, se as taxas de juro na maior economia do mundo subirem, as economias emergentes terão de oferecer ainda mais prémios para permanecerem minimamente interessantes para os investidores.
Ao interpretar que o compromisso fiscal do Brasil está abalado, os juros sobem, porque cresce a percepção de inadimplência.
- A Taxa de Depósito Interbancário (DI) de janeiro de 2025 foi reajustada de 10,61% para 10,62% de ontem para hoje. Os prêmios em contratos de prazo mais curto estão mais ligados às expectativas dos investidores em relação à Selic;
- Para janeiro de 2033, passou de 12,18% para 12,27%. Vencimentos com prazos mais longos refletem maior preocupação com a inadimplência do governo (“risco fiscal”, se preferir).
“Observamos alguns sinais importantes da equipe econômica e hoje especificamente um certo alívio no tom do presidente da República ganhou repercussão, ainda que ele tenha entrado em uma retórica eleitoral de gastos e revanchismo e de briga com o mercado e com Roberto Campos Neto . Isso proporcionou um alívio hoje, o que ajuda muito o sentimento, o ânimo do mercado”, afirma Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.
Sexta-feira, dia 27, talvez seja o dia da semana mais esperado do mercado. Serão divulgados dados de inflação nos Estados Unidos que, com base no que foi visto no PIB, deverão corroborar a tese de que a economia está desacelerando. Mas se os dados ficarem acima das expectativas, é improvável que a atmosfera festiva vista hoje continue.
Das 86 ações do índice, 74 subiram e 11 caíram. Um permaneceu estável, sem ganhos ou perdas. Mesmo sendo minoria, as ações que subiram têm grande peso no Ibovespa, por isso conseguiram empurrar o índice para o azul.
Mais uma vez, o Ibovespa contou com a subida dos exportadores. Com a alta do dólar, essas empresas tendem a se beneficiar de lucros mais robustos. Afinal, suas vendas ocorreram em moeda americana. Com as gigantes Vale e Petrobrás caminhando na mesma direção, é fácil entender como o índice superou os ganhos de 1% neste pregão.
Além do dólar estar em alta, a Vale e outras empresas do setor de mineração também foram beneficiadas pela forte alta das matérias-primas: o minério de ferro subiu 1%.
A Petrobras também foi beneficiada pela alta dos preços do petróleo, mas também teve mudança na recomendação do Bank of America, que agora sugere a compra das ações. Para os analistas, a necessidade do governo de aumentar a receita deixa claro que os dividendos das empresas não devem ser retidos este ano. Como principal acionista, o governo recebe mais quando os rendimentos são distribuídos.
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