O Ibovespa acaba de renovar nova máxima após fechar o último pregão aos 135.778 pontos. Por agora. A tendência é que o índice continue nessa tendência de alta, batendo assim novos recordes. E o motivo disso esconde um “segredo”: este não é um verdadeiro recorde para a bolsa brasileira. O que é um boas notícias para quem quer investir na bolsa.
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Com base no nível de pontuação nominal, ou seja, considerando apenas o nível numérico, o índice chegou mesmo ao seu pico no final da sessão de ontem (19). Anteriormente, essa marca era de 134.391 pontos, alcançada em 28 de dezembro de 2023.
Mas o recorde em pontos não significa que o Ibovespa esteja no melhor momento de sua história. E a boa notícia é que, por estar longe de sua melhor forma, ainda há (muito) espaço para o índice subir.
Se fosse corrigido pela inflação medida pelo indicador oficial de mercado no Brasil, o Índice Nacional Amplo de Preços ao Consumidor (IPCA), o recorde do índice seria aquele registrado no fechamento do pregão de 20 de maio de 2008. Embora nominalmente o nível de fechamento daquele dia seja de 73.517 pontos, no reajuste esse nível equivaleria a 182.275 pontos hoje em dia.
Ou seja, no nível real corrigido pelo IPCA, o Ibovespa ainda está 25,5% abaixo do recorde estabelecido há mais de 16 anos.
Pode parecer confuso, mas tem a ver com algo bastante simples: poder de compra.
Na prática, sentimos isso no bolso, porque R$ 100 hoje não compram o mesmo que R$ 100 comprados antigamente..
Isso é inflação, regra que vale tanto para contas, compras em lojas e supermercados quanto para compra de ativos em bolsa.
A boa notícia para o mercado de ações brasileiro
“Nem sempre um recorde nominal significa que estamos chegando no momento mais propício para obter lucros na bolsa“, ele disse Lucca Ramosparceiro de Um Investimento. Refere-se ao momento em que os ativos estariam inflacionados – tal é a força aquisitiva – e se aproximariam do ponto ideal para venda.
Essa “faixa de venda” poderia ter sido alcançada caso o Ibovespa estivesse no seu recorde real (ou até antes dele, desde que estivesse mais próximo).
Quando atinge o verdadeiro máximo, a tendência de curto e médio prazo para o mercado de ações é a queda dos preços das ações. Mas o que acontece hoje no Brasil é exatamente o oposto..
“Antes deste trecho, o mercado de ações foi negociado perto de seus níveis históricos mais baixos. E o investidor estrangeiro, que tem reagido a um ambiente de maior tolerância ao risco face à perspectiva de cortes nas taxas de juro nos Estados Unidos, procurará precisamente o mercados que tenham preços atrativos, ou seja, sejam baratos. Esse é o caso do Brasil“, reflete Frederico Avrilsócio fundador da Setembro Capital e analista certificado CFP.
A média histórica do Ibovespa é relação preço/lucro (P/L) em 11 vezes. Isso significa que, considerando o lucro médio das empresas do índice em 12 meses, o investimento em uma ação levaria em média 11 anos para dar resultado. Atualmente, a carteira é negociada a 8 vezes o P/E.
Claro, isso é apenas em teoria. Para que esse número de P/L se confirme na realidade, todo o lucro da empresa deve ser distribuído como remuneração ao longo do período ou deve se refletir em uma valorização consistente e proporcional da ação ao longo de todo o período.. Na prática, isso raramente acontece.
Mas o P/L é um dos múltiplos mais utilizados entre os agentes do mercado financeiro para determinar se um ativo está “caro” ou “barato” considerando seu histórico e também seus pares. Para efeito de comparação, Avril destaca que as bolsas de Nova York, que atualmente estão em máximas históricas, negociam em média 24 vezes o P/L.
A Nasdaq, na qual estão listadas as maiores empresas de tecnologia, foi negociada a 40 vezes o preço/lucro neste mês até agora.
Então por que ainda vale a pena entrar no Ibovespa?
No mercado de ações, os ganhos com a negociação de ações baseiam-se na lógica de comprar a ação por um preço mais baixo e vendê-la por um valor mais alto. Um cenário ideal, portanto, é comprar um ativo na baixa e vender na alta – ou pelo menos entrar nas baixas e sair nos picos de preços.
Atualmente, como mostra o P/L, Os ativos da bolsa brasileira têm preços “comprimidos”, ou seja, estão desvalorizados considerando o valor que o mercado considera justo para as ações da maioria das empresas listadas.
Ou seja, o momento ainda é de comprar ativos em bolsa porque, em geral, a tendência dos títulos nacionais é de valorização.
O ciclo de descompressão de risco no mercado de ações está apenas começando.
A (cada vez mais) possibilidade do início do ciclo de cortes nas taxas de juro dos EUA em Setembro libertaria o apetite pelo risco a nível globalo que favorece mercados mais incertos como os emergentes – caso do Brasil.
E o capital que estava sendo dragado daqui pode finalmente voltar para a bolsa brasileira.
Com os estrangeiros de volta à cena, os investidores institucionais no Brasil também deveriam voltar a comprar ativos no mercado de ações e trazer consigo os investidores individuais.
Mesmo com tudo isso, até o Ibovespa atingir seu recorde real, 182.275 pontos, ainda faltam mais de 46.500 pontos.
E pode até ser que o índice não renove essa marca – pelo menos, não no curto prazo.
Mas, mesmo que o Ibovespa estagne no meio do caminho e não chegue aos 182.275 pontos, o potencial de valorização entre o nível atual e o que ainda falta alcançar neste ciclo de “descompressão de preços” será suficiente para garantir lucros relevantes aos investidores em ações.
Por que o recorde do Ibovespa foi batido em 2008?
O ano de pico do Ibovespa marca o segundo mandato Lula Na presidência da República os riscos políticos e fiscais foram considerados resolvidos e a economia prosperou. Um ano antes, a bolsa registrou outro recorde, o de ofertas públicas iniciais (IPOs). Foram 64 operações de estreia no mercado de capitais brasileiro em 2007.
Ainda em maio de 2008, as agências globais de classificação de risco concederam ao Brasil o grau de investimento – garantir que o país seja um local seguro para os investidores alocarem o seu dinheiro.
O capital estrangeiro, que vinha fugindo dos riscos de outros mercados, invadiu a bolsa brasileira no início do ano. Para desaparecer alguns meses depois.
Esse foi também o ano da crise económica. subprimeque marcou o segundo semestre de 2008 e mudou o clima no cenário global. Em 15 de setembro de 2008, após o colapso do banco americano Lehman Brotherso pânico espalhou-se por todo o sistema financeiro. E a bolsa brasileira não escapou.
O impacto fez com que o Ibovespa encerrasse o ano de recordes com perda acumulada de 44,42%, a maior queda anual do índice desde 1972.
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