O Ibovespa está de volta. Mas na casa dos 122 mil pontos, abandonados há quase 20 dias. E isso é bom. Não é?
O investidor da bolsa brasileira foi sugado por um turbilhão desde que o cenário que havia sido pintado para 2024 começou a ruir.
Esta segunda-feira (24) veio para quebrar esse ritmo. A agenda econômica vazia permitiu aos investidores visualizar o horizonte e entender onde está o mercado de ações.
A sessão avançou devagar, é verdade, mas a baixa pressão do mercado abriu espaço para a alta do principal índice da bolsa brasileira. Está bem. É a quinta sessão consecutiva de ganhos, mas a primeira desde 6 de junho (1,23%) que o Ibovespa não registra alta forte como esta.
- Ó O Ibovespa encerrou o dia com ganhos de 1,07%nós 122.637 pontos. Durante o mês, o índice mudou o jogo nesta sessão e passa a acumular alta de 0,44% em junho. No ano, o saldo ainda é negativo, 8,61%.
É difícil dizer se o Ibovespa realmente avançou ou se apenas corrigiu seu rumo. Que marca ficou na última sacudida da sacola?
Nesta última semana de junho, o índice volta aos mesmos 122 mil pontos em que oscilou entre o final de maio e o início de junho. Se continuar até sexta-feira, terá sido como se estes quase 30 dias no “trem da agonia” não tivessem existido para os investidores em termos de ganhos.
Nenhuma notícia já é uma boa notícia
Sem apetite ao risco ou gatilhos de aversão, a movimentação financeira do índice também foi modesta no início da semana.
O dólar comercial ganhou impulso neste ambiente para corrigir os excessos da semana passada. O câmbio foi o “pára-raios” dos temores nas últimas semanas, mesmo em dias em que o Ibovespa conseguiu se recuperar – um pouco.
A taxa de câmbio é sensível ao agravamento das expectativas de cortes nas taxas de juro nos Estados Unidos. Mas também aos ataques de Lula ao Banco Central (BC). Ou… qualquer fator que tenha aumentado a percepção de risco no Brasil.
E, por padrão, os investidores tendem a reagir de forma exagerada. Portanto, sem nenhuma notícia (boa ou ruim), o ativo sentiu alívio.
Apesar de ter sido um dia tranquilo, o dia de hoje mereceu ficar marcado no calendário da bolsa brasileira. Justamente porque não houve complicações.
Já fazia algum tempo que não aconteciam pregões como esse, sem algo que desacelerasse a alta ou impedisse a subida do Ibovespa.
Mesmo Vale e Petrobrás, que têm peso suficiente para decidir os rumos do índice, não adotaram movimentos significativos hoje. Em outras palavras, não suprimiram, mas também não impulsionaram o aumento.
Não. O destaque foi o Magazine Luiza, ação de grande liquidez na bolsa brasileira, que disparou hoje com o noticiário corporativo. Mas o portfólio teve um bom desempenho geral.
Segunda-feira geralmente é o dia em que o Boletim Focus é publicado. E há semanas o relatório com as projeções dos economistas não trazia boas notícias para o mercado. E hoje… não foi diferente.
Quero dizer, foi. Pode-se até dizer que o boletim de hoje trazia uma perspectiva otimista: as projeções para a Selic deste ano, de 2025 e de 2026 foram mantidas.
Em outras palavras, a falta de más notícias no Brasil é, por si só, uma boa notícia.
A deterioração do cenário fiscal do país desde Abril adicionou tanto prémio de risco aos preços dos activos domésticos que praticamente tudo o que poderia correr mal já tinha corrido mal.
Pelo menos dentro do horizonte previsível.
Adiamento dos cortes nas taxas de juros nos Estados Unidos? Confirmado. Mudança na meta fiscal do governo brasileiro? Confirmado. Interferência política na Petrobras e em outras grandes empresas? Confirmado. Risco de politização do comitê de decisão do Banco Central (BC)? Escalado. Aperto da política monetária no Brasil? Confirmado.
O Ibovespa estava à beira do colapso. As taxas de juros dos contratos futuros e a taxa de câmbio dispararam.
Na semana passada, mesmo depois de tudo dar errado, o mercado ainda mantinha uma esperança: a restauração do Copom. A unanimidade no comitê daria confiança nos rumos da política monetária brasileira. Mesmo que isso significasse que a Selic não cairia mais.
Se esse fio se rompesse, com Copom trincado, o Ibovespa correria o risco de cair abaixo do patamar abaixo de 115 mil pontos, o mesmo de junho de 2023.
Mas a unanimidade do Copom em junho foi a expectativa que se confirmou.
Portanto, um cenário ainda mais pessimista para o curto prazo não se concretizou. Isto permitiu correções nos ativos internos.
Da última quarta-feira até hoje, nada de grande movimentou o cenário nacional. Nada de novo, pelo menos.
Portanto, desde então, o Ibovespa se recuperou, apoiado na esperança de que uma política monetária mais austera controlará a inflação. Em outras palavras, um remédio amargo, mas necessário.
“Mesmo com o mercado esperando em relação aos minutos [da reunião do Copom] que será publicado amanhã, a decisão mais cautelosa fez com que os investidores vissem a luz no fim do túnel”, diz Hemelin Mendonçaespecialista em mercado de capitais e sócio da AVG Capital. “Esse cenário cauteloso deixa os investidores mais confiantes com a política monetária. Por outro lado, a queda que o Ibovespa vinha experimentando pode ter se tornado, na visão de muitos, uma oportunidade de entrada na bolsa.”
Mas ainda é cedo para comemorar.
Apesar dos progressos registados hoje, no cenário macroeconómico, alguns passos foram dados para trás. O que o mercado recuperou na semana passada foi basicamente a confiança perdida no Copom na reunião de maio.
Ainda há um longo caminho a percorrer para começar com uma política fiscal credível e comprometida com os objetivos estabelecidos no quadro. Isto envolverá despesas de contingência, que (espera-se) seriam
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