A regulamentação brasileira é o principal motivo da adoção de práticas ambientais pelas empresas industriais do país. Quase 90% (88,6%) das indústrias com iniciativas na área apontam este como o principal fator de influência na decisão.
A estratégia autônoma das empresas, porém, também aparece com destaque (87,7%), seguida pela influência de fornecedores e/ou clientes (63,9%) e da opinião pública e/sociedade civil (44,9%). O cumprimento das normas ambientais externas foi destacado por quase metade das empresas (44,1%).
Por outro lado, apenas 22,2% das empresas industriais mencionam a atratividade de programas de apoio (públicos ou privados) para a inclusão de iniciativas ambientais nas suas operações.
“Chama a atenção a baixa proporção de empresas que mencionam programas de apoio. Isto sugere a importância de melhorar as condições de acesso ao apoio público. Os programas de apoio público tendem a ser mais escassos”, afirma o gerente de pesquisa temática do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Flavio Peixoto, com base nos resultados da Pesquisa Semestral de Inovação (Pintec 2023): Indicadores Temáticos – Práticas Ambientais e Biotecnologia.
O estudo é uma parceria entre o IBGE, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e investiga práticas ambientais em empresas industriais de médio e grande porte, com pelo menos 100 funcionários. A pesquisa foi realizada com uma amostra de 1.611 empresas, de um total de 9.833 que se enquadram no perfil estudado.
Na análise dos benefícios da utilização dessas práticas ambientais, o mais citado foi o mesmo que justifica a adoção da iniciativa: o cumprimento das normas legais (89,5%). Os benefícios mais citados a seguir, porém, trazem outras informações sobre a visão das empresas.
Eficiência operacional, redução de custos e riscos operacionais (84,4%); melhoria da reputação/imagem (78,8%); relacionamento com clientes (71,6%); relacionamento com a comunidade local (66,5%); melhoria da posição competitiva (63,9%); e relacionamento com entidades públicas (63,5%).
Maior capacidade para desenvolver produtos e/ou processos novos ou significativamente melhorados (51,4%) também aparece com destaque entre os benefícios; relacionamento com fornecedores (50,3%); e capacidade de atendimento à demanda (50,2%). A vantagem menos citada foi a melhoria das condições de acesso a programas de apoio públicos e/ou privados (31,6%).
Custo é o principal fator que dificulta a adoção de práticas ambientais
Os altos custos das soluções ambientais são o principal obstáculo enfrentado pelas empresas na adoção de práticas ambientais, sejam aquelas com iniciativas na área (71,8%) ou aquelas sem ações nesse perfil (45,4%).
No grupo das empresas industriais com práticas ambientais, mais da metade (52,4%) citou a falta de oferta de apoio público e programas de desenvolvimento como complicador, seguida pela falta de recursos financeiros na empresa (39,7%).
Três fatores foram mencionados por 28,3% dessas empresas como dificuldades: dificuldade em estabelecer parcerias; oferta limitada de pessoal qualificado no mercado; e capacidade limitada para oferecer aos fornecedores soluções ambientais.
Investimentos na área ambiental também foram investigados pela pesquisa. A maioria (73,2%) relatou gastos com essas iniciativas. O segmento de fabricação de bebidas (92,6%) foi o que mais investiu, seguido pela fabricação de coque, derivados de petróleo (88,4%); fabricação de produtos de tabaco (87,6%); e fabricação de produtos químicos (86,1%).
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