Otimista com a aprovação da reforma econômica pelos parlamentares e com maior controle da inflação, o governo do presidente de extrema direita do Argentina, Javier Mileienviado nesta terça-feira (2) para o Congresso um antecipação do projetoorçamento para 2025.
O governo projeta, entre outras variáveis, que o Produto Interno Bruto (PIB) caia 3,5% este ano, mas volte a crescer em 2025, com aumento de 3,4%. A inflação para 2025 está estimada em 139,7%.
Quanto à taxa de câmbio nominal, o governo Milei espera um dólar oficial em 1.016,1 dólares, ou seja, um aumento anual de 58,3%. Hoje, pelo câmbio oficial, o dólar está cotado a 913 pesos.
“Durante 2025, espera-se que continue na trajetória do equilíbrio fiscal para corrigir definitivamente os desequilíbrios e sustentar as condições de estabilidade macroeconómica. Isto permitirá o lançamento definitivo do potencial produtivo do país, gerando um ambiente favorável ao aumento do investimento privado, à melhoria da produtividade e ao crescimento da actividade, do emprego e do rendimento”, diz o texto.
O projeto será submetido ao Congresso antes de 15 de setembro.
Milei e o Ministro da Economia, Luís Caputo, espero que a coleção de impostos Isso é contribuições nacionais para o seguro Social aumentará “em 54,4% face ao que está projetado para 2024, embora venha a sofrer uma redução de 0,45 pontos percentuais (pp) do Produto Interno Bruto (PIB) face ao ano anterior.
O governo espera “fortalecer a eficácia e eficiência dos gastos públicos, enfatizando a redução dos gastos políticos e priorizando o apoio ao rendimento dos setores mais vulneráveis”, segundo o documento.
A pressão fiscal deverá intensificar-se, com a déficit real passando de 21,61% do PIB em 2024 para 21,16% em 2025.
Por outro lado, o governo espera que sejam arrecadados mais 62% através do Imposto sobre Valor Acrescentado (CUBA) porque recuperação de consumoenquanto os lucros permitiriam, na previsão da equipa económica, arrecadar mais 467% e o património pessoal, 61%.
De acordo com o texto, as prioridades do política orçamentária dividem-se em quatro eixos:
- Equilíbrio fiscal sustentado: focado em acelerar a obtenção do equilíbrio fiscal, desacelerar a inflação, melhorar o balanço do Banco Central e fortalecer as reservas internacionais
- Apoio social sem intermediários: com esforços significativos para expandir a assistência social às mães e crianças nos sectores mais vulneráveis e proteger o poder de compra das reformas e pensões
- A modernização e simplificação do Estado: pretende-se tornar um Estado moderno, eficaz, eficiente, simples e útil para os cidadãos, centrando-se nas suas funções essenciais e não prejudicando o desenvolvimento do sector privado.
- O equipamento e modernização da Segurança e Defesa: considera-se essencial sustentar a soberania territorial com Forças Armadas capazes de defender as fronteiras e erradicar ou desencorajar possíveis ameaças externas. Será também dada prioridade à dotação das forças federais com o equipamento necessário e a formação contínua para garantir a segurança interna, com destaque para a prevenção da criminalidade e a investigação do crime organizado.
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