O governo federal estabeleceu que 23 setores industriais terão direito ao mecanismo de depreciação superacelerada de máquinas e equipamentos, conforme portaria publicada nesta quinta-feira pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) no Diário Oficial do Estado. União (DOU). O programa ainda depende, porém, de portaria adicional para efetivamente entrar em vigor.
A distribuição de R$ 1,7 bilhão prevista para o programa neste ano não será igual em todos os setores. Cada um deles terá direito a no máximo 12% do total, aproximadamente R$ 204 milhões. Além disso, o Mdic optou por dividir os R$ 1,7 bilhão de acordo com o “tamanho das atividades” de cada um dos setores “da economia brasileira”, segundo comunicado divulgado pelo ministério.
O Mdic informou ainda que a participação da empresa “está condicionada à autorização prévia” da Receita Federal. O próprio ministério “poderá também exigir dos beneficiários obrigações relacionadas com a promoção da indústria nacional, da sustentabilidade e do valor acrescentado no país”.
Além disso, a entrada em vigor da depreciação superacelerada ainda depende de um decreto a ser publicado em conjunto com o Ministério da Fazenda, para definir quais “máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos” farão parte do programa.
Apresentada no final de 2023 pelo governo federal e aprovada pelo Congresso Nacional neste ano, a depreciação superacelerada é um incentivo fiscal que permitirá às empresas deduzir do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) investimentos feitos em máquinas e equipamentos. A dedução pode ser feita em até dois anos. A medida terá impacto apenas no fluxo das contas das empresas e do governo federal, sem alterar o estoque de tributos a serem recolhidos, já que todo o valor em algum momento é recuperado pela União.
No comunicado, o vice-presidente e titular do Mdic, Geraldo Alckmin, afirma que a depreciação é um dos programas “mais importantes” lançados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já que “a indústria é o motor do desenvolvimento”. Ele diz que a inclusão de 23 setores “é um bom começo”, mas que o governo federal tem “planos para aumentar os recursos e ampliar seu alcance”.
Confira abaixo a lista dos setores beneficiados e o valor a que cada um deles terá direito:
- Alimentação (R$ 204 milhões)
- Artefatos de couro, artigos de viagem e calçados (R$ 18,7 milhões)
- Produtos têxteis (R$ 38,2 milhões)
- Fabricação de artigos de vestuário e acessórios (R$ 10 milhões)
- Produtos de madeira (R$ 31,9 milhões)
- Papel e celulose (R$ 204 milhões)
- Impressão e reprodução de gravações (R$ 8,9 milhões)
- Biocombustíveis (R$ 141,9 milhões)
- Produtos químicos, exceto beneficiados pelo Reiq (R$ 72 milhões)
- Farmacêutico (R$ 58,2 milhões)
- Produtos de borracha e plástico (R$ 143,3 milhões)
- Minerais não metálicos (R$ 177,5 milhões)
- Metalurgia (R$ 193,5 milhões)
- Produtos de metal (R$ 70,9 milhões)
- Equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos (R$ 31,5 milhões)
- Aparelhos e materiais elétricos (R$ 54,4 milhões)
- Máquinas e equipamentos (R$ 74,9 milhões)
- Peças e acessórios para veículos (R$ 84,2 milhões)
- Equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (R$ 16 milhões)
- Construção de prédios (R$ 16,3 milhões)
- Móveis (R$ 15 milhões)
- Obras de infraestrutura (R$ 14 milhões)
Produtos diversos, como materiais de escritório, guarda-chuvas, painéis, letreiros, joias, instrumentos musicais, artigos esportivos e outros produtos considerados produção residual (R$ 20 milhões).
consignado para servidor público
empréstimo pessoal banco pan
simulador emprestimo aposentado caixa
renovação emprestimo consignado
empréstimo com desconto em folha para assalariado
banco itau emprestimo