Até a manhã desta terça-feira (20), último dia do prazo para aquisição de licenças para operar no mercado brasileiro de apostas online, 64 empresas haviam adquirido licenças de funcionamento. As empresas qualificadas poderão trabalhar com previsões esportivas, slots online e transmitir jogos de cassino ao vivo.
Como cada outorga custa cerca de R$ 30 milhões, segundo empresas consultadas pela reportagem, o Ministério da Fazenda, responsável pelo setor, pode arrecadar pelo menos R$ 1,92 bilhão nesta primeira fase de licenciamento, que começou no dia 22 de maio. cadastrado CNPJ para manter até três marcas, ou seja, podem haver 192 apostas no país.
O dinheiro será pago no final do ano, após análise da Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA), órgão responsável. Além disso, as empresas deverão manter um fundo garantidor de R$ 5 milhões no país.
Os números ainda podem crescer até o final desta terça. Nos últimos sete dias, o número de empresas cadastradas saltou de 10 para as atuais 64.
Em lista divulgada pelo Tesouro no início do ano, 134 empresas demonstraram interesse em participar do mercado regulamentado brasileiro.
Gigantes do setor oficializaram o interesse em atuar no Brasil, como a inglesa Bet 365, a grega Betano, a sueca Betsson e a americana Caesars Sportsbook. Empresas nacionais de renome, atualmente sediadas no exterior, como KTO, Rei do Pitaco, Galera.bet, entre outras, também estão na lista.
Para solicitar outorga para atuar no mercado de apostas brasileiro, a Secretaria de Prêmios e Apostas da Fazenda escolheu cinco critérios mínimos: os sócios da empresa devem ter formação jurídica, regularidade fiscal e trabalhista, idoneidade, qualificação econômico-financeira e qualificação técnica.
Isso é comprovado por documentos apresentados pelas empresas, que devem ter pelo menos um sócio brasileiro. “Precisamos comprovar que não tínhamos antecedentes criminais, que estávamos em situação regular perante a Justiça do Trabalho, entre outras coisas”, afirma Rafael Rebelo, gerente de compliance e risco da H2Bet, uma das empresas que adquiriu licença para operar em Brasil.
A participação acionária local imposta pelo governo visa aumentar o controle sobre as operadoras e reforçar a proteção ao consumidor, quando necessário, avalia Márcio Malta, presidente da bet Sorte Online.
Segundo Rebelo, da H2Bet, a experiência de credenciamento no mercado de apostas tem muitas semelhanças com a regulação do mercado financeiro, devido aos mecanismos de combate à lavagem de dinheiro determinados pelo SPA. “Teremos que reportar ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), ligado ao Bacen [Banco Central]colaborar com a Receita, e isso é um requisito básico”.
Ainda segundo os empresários consultados, o governo manteve uma postura orientadora durante todo o processo de licenciamento. Explicou, por exemplo, como funcionariam as regras de verificação de identidade, essenciais no setor para prevenir fraudes, e o jogo responsável, para prevenir o vício.
As empresas que manifestaram interesse ainda precisam passar por um processo de certificação, por um laboratório autorizado pelo governo para atestar a idoneidade do jogo, ou seja, garantir que o jogo não seja fraudado para prejudicar o jogador.
O mercado regulamentado brasileiro começa em 1º de janeiro de 2025, quando entram em vigor as regras elaboradas pelo Tesouro nos primeiros sete meses do ano. Os interessados ainda poderão adquirir outorgas, mas as empresas que se posicionarem nesses primeiros 90 dias de licenciamento terão preferência no atendimento.
A tendência, segundo entidades representativas do setor, é que o número de empresas que operam no país diminua ao longo do tempo, uma vez que fusões e aquisições são comuns no setor. Além disso, marcas ainda não cadastradas podem ingressar no negócio associando-se a CNPJs autorizados pelo SPA.
Quando as regras entrarem em vigor, o Tesouro poderá aplicar multa de até R$ 2 bilhões em caso de violação. A fiscalização ficará a cargo da SPA, que terá competências de polícia e poderá mobilizar operações junto a outras autoridades federais e locais, como forças policiais e Receita Federal.
Associações setoriais afirmam que esse primeiro R$ 1,86 bilhão é um valor baixo, próximo ao que o governo irá arrecadar em impostos.
O Tesouro afirma que é difícil “especificar o valor exato a ser arrecadado com a abertura deste mercado, pois não há informações oficiais sobre o volume de apostas realizadas atualmente no Brasil, uma vez que o mercado não era regulamentado”.
Além disso, o cálculo depende da regulamentação da reforma tributária, que, por enquanto, deixa as apostas de fora do imposto seletivo, mais conhecido como imposto do pecado, que sobretaxa atividades que geram risco à saúde.
Estudo de economistas do Itaú estima que saíram do país R$ 23,9 bilhões em pagamentos a sites de apostas sediados no exterior. A maioria das apostas mantém a sua sede em Malta e Curaçao, por razões de vantagens regulatórias, fiscais e de segurança jurídica.
O jogador brasileiro, segundo dados do BC, pagou R$ 68,2 bilhões em apostas e taxas de serviço e recebeu R$ 44,3 bilhões em contrapartida.
As apostas de probabilidade fixa, quando o jogador sabe quanto vai ganhar com base na possibilidade de perder, foram permitidas no Brasil no final de 2018, em um dos últimos atos do governo de Michel Temer (MDB). Desde então, o setor opera no Brasil sem regras claras de controle ou tributação.
consignado para servidor público
empréstimo pessoal banco pan
simulador emprestimo aposentado caixa
renovação emprestimo consignado
empréstimo com desconto em folha para assalariado
banco itau emprestimo