Serão pagos R$ 498 por hectare aos proprietários rurais que preservarem áreas além da exigência legal. O governo de Goiás lançou nesta terça-feira (9/11) o Programa Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), denominado “Cerrado em Pé”. O programa prevê pagamento anual de R$ 498 por hectare aos proprietários rurais que se comprometam a preservar áreas de Cerrado além do exigido por lei. Quem se comprometer a recuperar pelo menos uma nascente degradada por ano receberá um valor ainda maior, de R$ 664 por hectare. Leia também Startup aposta na preservação do Cerrado para acelerar ganhos Restauração ambiental na fazenda: não agir pode custar caro Coleta de sementes gera renda de R$ 10 milhões em sete anos para produtores de MG e ES Os recursos virão do Fundo Estadual do Meio Ambiente ( Mulher). O limite máximo a ser remunerado é de 100 hectares por propriedade. “É um passo muito importante. Estamos escrevendo como deve ser feita a proteção ambiental do Cerrado e de outros biomas”, afirmou o governador Ronaldo Caiado, durante solenidade realizada na Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), em Goiânia. Para se cadastrar no PSA, o proprietário rural deve possuir pelo menos dois hectares de área sujeita à supressão vegetal, ou seja, que ainda possa desmatar legalmente para utilizar no plantio ou criação de gado ou outra atividade econômica. O programa não inclui reservas legais ou áreas de preservação permanente (APPs), que já são protegidas por lei. A primeira fase do programa abrange os municípios de Niquelândia, Minaçu, São João d’Aliança, Cavalcante, Monte Alegre, Alvorada do Norte, Damianópolis, Mambaí e São Domingos, informou o governo de Goiás. As inscrições para participar da iniciativa vão de 1º de dezembro de 2024 a 15 de março de 2025. As regras estão definidas no edital. Até 30% dos recursos destinados ao programa são reservados para comunidades tradicionais, como os quilombolas. O pagamento será feito em parcela única anual, desde que a área continue protegida. A Federação Goiana da Agricultura e Pecuária (Faeg) afirmou que o programa transforma a conservação ambiental em uma nova fonte de renda para os produtores rurais. “Pela primeira vez, os produtores rurais serão recompensados diretamente pela conservação ambiental, o que representa um grande avanço. O PSA transforma a preservação do Cerrado em fonte de renda, aliando o desenvolvimento agrícola à sustentabilidade”, disse José Mário Schreiner, presidente da federação e vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
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