Os custos dos tratamentos para transtorno do espectro do autismo (TEA) superaram os custos dos tratamentos oncológicos: segundo a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), esses gastos chegaram a 9% do custo médico total, superando os 8,7% destinados aos pacientes com câncer. .
Essa tendência de aumento de custos nos tratamentos do autismo foi potencializada pelas mudanças regulatórias implementadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que desde 2022 incluem cobertura ilimitada de sessões com psicólogos, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos, além de outros métodos indicados para tratamento. do transtorno. .
“Há cerca de 10 anos observamos um aumento exponencial no diagnóstico de casos de autismo. Este é um dos temas mais estudados atualmente, tendo os fatores genéticos e a idade avançada dos pais entre as suas prováveis causas”, revela Augusto Camara Lopes, fundador e CEO da ID do genea primeira rede de centros médicos voltada para a investigação, diagnóstico e tratamento de autismo, síndromes genéticas e oncologia.
Segundo o executivo, a mudança na regulamentação provocou um cenário de proliferação de serviços sem uma análise técnica precisa das reais necessidades do paciente, causando um desequilíbrio financeiro drástico para as operadoras e grande estresse entre os pacientes devido ao número excessivo de horas terapêuticas. “Não há um grande número de profissionais qualificados e com critérios técnicos para diagnosticar e tratar esses pacientes. Devido à ineficiência generalizada, todos sofrem”, diz ele. .
Dr. Pedro Castro, médico geneticista, cofundador e COO, revela que o Gene ID foi criado justamente com o propósito de proporcionar uma investigação genética mais profunda do TEA e de outras síndromes genéticas, além da oncologia. O objetivo da empresa é fornecer atendimento eficiente e de alto desempenho aos pacientes, ao mesmo tempo que oferece aos prestadores de cuidados de saúde economias de custos significativas e maior previsibilidade de investimento em tratamentos, como ABA e pesquisas sobre autismo – tudo baseado em protocolos e diretrizes internacionais da TEA. .
“Na Gene ID, o tratamento médio por paciente é de cerca de 15 horas de terapia por semana. Este número é baseado em estudos internacionais e também referenciado e validado com os nossos próprios pacientes”, revela a geneticista. Ele continua lembrando que o tempo de intervenção deve ser respeitado porque cada paciente tem necessidades específicas e não é positivo sobrecarregá-lo com excesso de estímulos sensoriais, pois isso pode piorar seu quadro. “Mais horas não significa maior eficiência do tratamento”, acrescenta o Dr. Pedro Castro. .
Segundo a geneticista, o Gene ID segue a linha de intervenção baseada na ciência da ABA (Análise Aplicada do Comportamento), cujo foco é promover o ensino de novas habilidades e lidar com comportamentos desafiadores. “Esta ciência é baseada em evidências científicas sobre sua eficácia no TEA. Temos muitos estudos que indicam um volume intensivo de horas de intervenção, mas tomamos cuidado para nunca produzir exaustão ou mesmo burnout na criança”, destaca. .
Portanto, um paciente com diagnóstico de suporte nível 1, que apresenta comprometimentos leves, necessita de cerca de três a cinco horas de intervenção por semana. No nível 2, em que o paciente apresenta menor grau de independência e necessita de algum auxílio para realizar funções cotidianas (pode apresentar rigidez cognitiva, tende a falar pouco, tem dificuldade com a linguagem verbal e não verbal), o número costuma ser seis a oito horas por semana. No nível 3, em que o paciente apresenta dificuldades de comunicação mais graves, incapacidade motora global e fina, alterações comportamentais, geralmente com comorbidades, são recomendadas 15 a 20 horas de intervenções semanais. .
O médico da Gene ID reforça que o tratamento geralmente é intensivo, multidisciplinar, individual e deve ser reavaliado constantemente, pois a demanda do tratamento pode mudar dependendo da evolução ou não do paciente. “Sempre acreditamos em um equilíbrio saudável entre as terapias e outras atividades rotineiras”, afirma Dr. Castro. .
Os fundadores da Gene ID esperam preencher uma lacuna importante no segmento de terapias voltadas para esse público. A empresa nasceu com profundo conhecimento e experiência em genética e tem como objetivo se tornar um espaço de referência no tratamento de pacientes com TEA e outras síndromes. .
“Ao longo dos últimos anos, atendemos crianças com as mais diversas síndromes, desde casos de TEA até casos mais complexos de doenças raras. Trabalhamos todos os dias para criar uma empresa focada em melhorar a qualidade de vida desses pacientes, para que, com o protocolo desenvolvido na Gene ID, garantamos redução de custos e maior previsibilidade para os prestadores de saúde”, informa Dr. .
O CEO da empresa, Camara Lopes, reforça que o preço do Gene ID varia de acordo com o volume da operadora, obtendo normalmente uma redução de custos de até 30% no tratamento do autismo e de quase 50% na investigação e diagnóstico. No tratamento, essa diminuição se deve à correta indicação do número de horas de terapia. Na investigação e diagnóstico, ocorre através da aplicação de protocolos bem definidos na solicitação de exames genéticos como o Exome. Isso evita custos marginais com exames desnecessários e reduz o tempo de diagnóstico, que antes poderia levar até seis meses e hoje pode levar apenas 30 dias. .
“No modelo proposto para tratamento por Gene ID, operadoras com grande número de beneficiários tendem a economizar milhões. Além disso, funciona dentro de um modelo de compartilhamento e gestão de riscos, em que o valor é negociado de acordo com o nível de apoio que a criança necessitará. Se a quantidade de horas for maior que o preço precificado, assumimos essa diferença.” .
Atualmente, a empresa possui uma unidade na zona norte de São Paulo. Os planos de expansão devem continuar de acordo com as negociações em curso. “Neste novo modelo, temos em nosso portfólio uma das maiores operadoras do Brasil. Nosso objetivo é fechar, nos próximos 30 dias, um novo contrato com outra grande operadora, já em negociação, para escalar e prestar, com eficiência, critério e menor custo, assistência em pesquisa, diagnóstico e tratamento para autismo, oncologia e outras síndromes”, finaliza o CEO. .
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