O diretor de política monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo afirmou que o BC assumiu uma posição mais conservadora, interrompeu o ciclo de cortes na taxa básica de juros e “ficou dependente de dados”. Galípolo participou de evento promovido pelo Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI), em Teresina.
Ele destacou que no Brasil continuamos vendo maior resiliência na atividade econômica e que a economia vem demonstrando muito dinamismo. Segundo o diretor, é possível visualizar essa realidade em termos de diversas métricas, como taxa de desemprego, crescimento da renda, emissão de debêntures e ocupação da capacidade instalada do setor. “As projeções do PIB têm sido sistematicamente revisitadas em alta, como tem acontecido nos últimos anos. Há grandes bancos falando em crescimento acima de 3%”, afirmou.
O relatório Focus do BC mostra projeção mediana de aumento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,43% neste ano e de 1,86% em 2025. A projeção do BC para crescimento em 2024 é de 2,3%, segundo o Relatório de Inflação publicado no final de 2024. Junho.
Segundo Galípolo, os dados parecem sinalizar que a economia brasileira está em um estágio diferente da economia americana, com sinais de maior resiliência. “Pegamos alguns indicadores de inflação, produtos que não podem ser importados ou têm mais inércia, para tentar ver o quanto isso pode ser um termômetro para as pessoas que, quem sabe, a atividade econômica, o quão aquecida ela está e o quanto está pressionando os salários e preços.”
O diretor afirmou que o BC consumirá os dados que vierem, como mercado de trabalho, atividade econômica e inflação, em cada reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) “para poder analisar como está a economia e estar capazes de tomar nossas decisões com base nisso.”
Galípolo afirmou ainda que a “bola” que o BC precisa olhar é “que o crescimento da demanda não esteja ocorrendo de forma desordenada e dessincronizada com a oferta a ponto de o crescimento da demanda produzir um processo inflacionário que irá precisamente corroer a renda obtida nos últimos tempos”.
Ele destacou também que há um processo de expectativas não ancoradas no Brasil. “Mesmo com uma reflexão sobre a taxa de juros que se tornou mais restritiva nas projeções, vocês continuam vendo as expectativas do mercado desencorajando essas expectativas, ou seja, esperando uma inflação que continuará se afastando da meta.”
O diretor do BC comentou a declaração do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), na sexta-feira, de que o processo de desinflação seria bem-sucedido sem muitos custos para a economia porque as expectativas de inflação estavam ancoradas. Galípolo destacou que este “não me parece ser o cenário que vemos no Brasil”.
Segundo Galípolo, a ideia de um “soft landing”, o chamado “soft landing” nos Estados Unidos está hoje nos preços de mercado. Ele explicou que o “pouso suave” seria uma desaceleração mais organizada e que permitiria iniciar um ciclo de cortes de juros “com muita discussão sobre a magnitude desses cortes”.
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