Franchising: relacionamento ajuda com gestão estratégica | Dino

Em números gerais, o faturamento do setor passou de R$ 50,8 bilhões para R$ 60,5 bilhões. Nos últimos 12 meses, o franchising avançou 14,3%, com faturamento que saltou de R$ 218,9 bilhões para R$ 250,3 bilhões, crescimento que tem chamado a atenção de empresários e investidores.

Guilherme Reitz, CEO da Yungas, plataforma focada na gestão e comunicação de grandes redes, destaca que, para empresários e interessados ​​em ingressar no franchising, um elemento em especial pode contribuir para a gestão estratégica do segmento: o bom relacionamento entre franqueadores e franqueados.

“Um bom relacionamento entre franqueadores e franqueados é fundamental para a gestão estratégica de uma rede de franquias, pois promove o alinhamento da visão e dos objetivos, garantindo a consistência da marca e a coesão estratégica”, afirma, destacando também a importância de reconhecer o papel das plataformas que centralizam essas ações”, acrescenta. “A Stone, fintech brasileira de meios de pagamento, por exemplo, alcançou um aumento de 26 pontos na satisfação da rede a partir do momento em que adaptou seus processos de relacionamento e comunicação com a franquia por meio da plataforma Yungas”, completa.

Aliás, um aspecto discutido na Convenção Anual de 2014 da International Franchising Association (IFA) chamou a atenção para a necessidade de engajamento entre franqueador, franqueado e clientes, como mostra artigo publicado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas ( Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) (Sebrae).

O conteúdo demonstra que a entrega de valor foi considerada a base para consolidar o engajamento no mercado de franquias, além de aspectos como proximidade, gestão de relacionamento, supervisão de campo e ouvidoria.

Para Reitz, esse relacionamento facilita a comunicação aberta e transparente, permitindo feedback e resolução de problemas, além de garantir suporte e treinamento contínuos que desenvolvam competências e incentivem a adoção de novas tecnologias. “A motivação e o engajamento dos franqueados aumentam, contribuindo para uma cultura organizacional positiva e retenção de talentos, enquanto a colaboração e as parcerias estratégicas geram economias de escala e oportunidades de expansão de mercado.”

O CEO observa que, em tempos de crise, um relacionamento sólido permite uma resposta unificada e eficaz, e facilita a flexibilidade e a adaptação às mudanças do mercado através de inovações e adaptações locais. “Assim, investir em um relacionamento saudável entre franqueadores e franqueados é uma estratégia essencial para o crescimento sustentável e o sucesso a longo prazo de qualquer rede de franquias.”

Bom relacionamento como alvo

Na visão de Reitz, para estabelecer e manter um bom relacionamento entre franqueadores e franqueados, é fundamental considerar uma comunicação aberta e transparente, que evite mal-entendidos e alinhe expectativas, sendo facilitada por reuniões regulares e feedback constante. “O alinhamento da visão e dos objetivos é igualmente crucial, garantindo que todos estejam comprometidos com a missão da franquia, o que pode ser alcançado através de sessões de planejamento conjunto”, afirma.

Além disso, continua ele, o suporte e treinamento contínuos, bem como a necessidade de acompanhar a padronização das unidades com processos de consultoria, são essenciais para que os franqueados executem estratégias de forma eficaz e ofereçam atendimento de qualidade aos clientes. “Reconhecer e valorizar o desempenho dos franqueados também é importante para estimular a motivação e o engajamento, por meio de premiações e reconhecimento público.”