A forte onda de calor que o Brasil deverá enfrentar entre setembro e novembro pode afetar o setor de serviços públicos (“utilities”) e causar algum risco inflacionário no curto prazo, avalia o Bank of America (BofA). Se o calor extremo persistir, os sectores da agricultura e dos transportes também poderão ser penalizados a longo prazo.
Em relatório enviado aos clientes, profissionais do banco americano destacam que há mais de 50% de probabilidade de altas temperaturas em todo o Brasil, além de 50% de chance de baixas precipitações em alguns estados do Sudeste e Centro-Oeste. Nesse sentido, a falta de chuvas e o aumento da demanda levantam preocupações quanto à oferta energética, já que a matriz hidrelétrica representa dois terços do total.
Mesmo assim, analistas liderados pelo chefe de economia para o Brasil e estratégia para a América Latina do banco, David Beker, consideram que a precipitação entre setembro e novembro representa apenas 9% das chuvas do ano, além de que os preços provavelmente serão mais “firmes”. em 2025, o que deverá beneficiar as empresas geradoras de energia.
O BofA estima que a implementação da bandeira vermelha nível 1 nas contas de energia elétrica dos consumidores deverá impactar o IPCA em 0,28 ponto percentual. Em relação à inflação de 2024, o impacto deverá depender do que estiver em vigor em dezembro. Se for “verde”, não terá influência, mas se a bandeira vermelha 1 ainda estiver em vigor, haverá aumento de 0,29 ponto na inflação.
“Temos preocupações limitadas com a escassez de energia porque os níveis dos reservatórios permanecem em níveis confortáveis e as autoridades parecem dispostas a evitar riscos ao considerar o uso da geração térmica”, afirmam os profissionais.
Comparado a outros setores, o agronegócio pode ter impacto limitado no plantio de grãos no país no curto prazo, dizem analistas, já que apenas 4% da soja é plantada em setembro, ante 57% em outubro. “As previsões apontam para chuvas mais regulares em outubro, mas se a seca persistir, aumenta o risco para a produtividade da soja e para o plantio do milho segunda safra em 2025”, destacam.
Num cenário pessimista para 2025, o banco acredita que as empresas de logística de grãos Rumo e Hidrovias do Brasil poderão ser mais afetadas. “Se a falta de chuvas em Mato Grosso (MT) resultar na perda da colheita de soja e no atraso do plantio de milho para o próximo ano, os volumes da Rumo e da HBSA poderão ser impactados ou as empresas poderão manter a capacidade de produção. seus sistemas cheios, mas com rendimentos potenciais mais baixos”, acrescentam os analistas.
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