Experiência internacional se torna um diferencial valorizado no mercado de trabalho | PressWorks

As relações de trabalho vêm mudando há alguns anos. Hoje em dia, encontrar uma vaga no mercado de trabalho não depende apenas de uma formação acadêmica excepcional e de um currículo invejável. No entanto, esses itens ainda são muito importantes. As empresas procuram profissionais com capacidade criativa, inovadores, com inteligência emocional e experiências de vida variadas.

Uma pesquisa realizada pela QS Quacquarelli Symonds, empresa especializada em educação e carreiras, mostrou que 60% dos empregadores consideram a experiência internacional um fator importante na hora de contratar um profissional. Além disso, 73% dos entrevistados acreditam que profissionais com experiência no exterior têm maiores chances de serem promovidos dentro da empresa.

Nesse cenário, é interessante explorar os benefícios que uma graduação internacional no currículo pode trazer. Os jovens que têm a oportunidade de estudar no exterior podem completar a sua formação académica em algumas das melhores universidades do mundo, além de terem uma experiência de vida única, capaz de os preparar para o futuro, tanto a nível pessoal como profissional.

Em todos estes pontos, tirar um diploma internacional apresenta-se como uma vantagem. Isso porque as melhores universidades do mundo estão fora do Brasil. De acordo com o ranking 2024 do Times Higher Education de instituições internacionais de ensino superior, 57 das 100 universidades mais prestigiadas do planeta estão nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido. Segundo esse mesmo ranking, a universidade brasileira mais bem posicionada – a Universidade de São Paulo (USP) – fica entre o 251º e o 300º lugar.

“Fazer faculdade no exterior vai muito além do desenvolvimento acadêmico. Em tempos em que as máquinas se tornam cada vez mais poderosas, é fundamental que os jovens invistam no desenvolvimento de suas competências socioemocionais. às novas situações são competências cada vez mais valorizadas no mercado de trabalho. Os jovens precisam investir no seu desenvolvimento como pessoas e pensar além do conhecimento técnico que irão adquirir na faculdade”, comenta Felipe Fonseca, sócio do escritório. Daqui para fora consultoria especializada na preparação de alunos que desejam estudar no exterior.

Segundo Robert Shiller, pesquisador e professor da área de economia, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 2013, computadores e robôs já estão substituindo muitos trabalhadores. O que podem os jovens aprender agora que não será superado por estes dispositivos durante a sua vida e que lhes garantirá bons empregos e um rendimento sólido durante os próximos 20, 30 ou 50 anos?

Experiência cultural e acadêmica diversificada

Morar em outro país, com culturas diferentes da brasileira, traz uma riqueza de conhecimentos e habilidades para o relacionamento interpessoal. Os profissionais aprendem a se adaptar às diferentes situações sociais e isso pode ser muito útil no dia a dia corporativo. Segundo Felipe, esse é um dos diferenciais que os recrutadores buscam.

Outro ponto importante é a maturidade que a experiência traz: a pessoa é vista como um “cidadão do mundo”, ou seja, como alguém que não tem dificuldade em realizar diversas tarefas. Além disso, ao fazer uma faculdade no exterior é possível desenvolver todas as outras qualidades buscadas pelos recrutadores. Afinal, a experiência adquirida não se limitará aos estudos, ela se expandirá para a vida pessoal.

“Habilidades e comportamentos técnicos, como a capacidade de encontrar soluções rápidas e eficientes, a perspicácia para tomar decisões importantes, o espírito empreendedor, a proatividade e a liderança são provavelmente artefatos no conjunto de habilidades de quem tem um diploma internacional em seu currículo. Outras qualidades desejadas que podem ser adquiridos durante a experiência de estudar no exterior são: adaptação e flexibilidade; organização e gestão do tempo e da vida; outras vantagens competitivas valiosas para qualquer profissional hoje”, comenta o sócio da Daqui pra Fora. .

Valorização de empresas e programas exclusivos para estudantes internacionais

Estudantes formados em universidades no exterior têm outra vantagem no que diz respeito à sua projeção no mercado de trabalho. No Brasil, existem diversas empresas que oferecem programas exclusivos de recrutamento e seleção para jovens que estudam fora do país. Itaú, Vetor Brasil, Stone, Ambev, JP Morgan e BTG Pactual são alguns dos nomes que oferecem esse tipo de oportunidade.

Para Felipe, a formação no exterior abre muitas oportunidades globais para os estudantes. “Hoje temos ex-alunos que estão nos EUA, Canadá, Holanda, Inglaterra, Alemanha, Suíça e até Japão, muitas vezes em empresas multinacionais que precisam de profissionais que falem muito bem de 2 a 3 idiomas, saibam lidar com pessoas diferentes e têm grande capacidade de adaptação”, comenta.

Segundo pesquisa realizada pela BMI (Business Marketing International), empresa organizadora do Salão Estudantil, seis em cada dez brasileiros querem estudar no exterior. As universidades americanas são o destino dos sonhos de muitos estudantes internacionais, pelo incentivo à pesquisa científica, pelas oportunidades oferecidas pelos Estados Unidos, a maior economia do mundo, e pela possibilidade de vivenciar a cultura empreendedora que inspirou o surgimento das Big Techs e grandes produções artísticas. Apesar do investimento necessário para estudar nessas faculdades, a procura por uma graduação no exterior vem aumentando nos últimos anos, inclusive entre os brasileiros. Para se ter uma ideia, as inscrições de estudantes brasileiros no Common App, sistema de admissão utilizado por 900 instituições de ensino superior nos Estados Unidos, aumentaram 41% em 2020.