O anúncio do regime de metas contínuas de inflação, ocorrido na última quarta-feira (26), elimina a incerteza do mercado quanto ao desenho do novo regime, disse ele ao Valor PRO o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello.
- Exclusivo: Mudança no regime de metas ‘não é para apertar ou afrouxar ninguém’, diz Mello
Havia tensão em torno do assunto, apesar de a mudança ter sido anunciada há um ano e de o governo ter prometido que a regulamentação sairia em tempo hábil. “Havia alguns agentes que duvidavam ou tinham dúvidas sobre isso”, disse ele. “Isso foi agora removido da lista de incertezas em relação à política monetária.”
O secretário comentava o conjunto de incertezas internacionais e domésticas que levaram o Banco Central a interromper o ciclo de redução dos juros. Ele considera que a maior contribuição para o processo vem do cenário externo, mas reconheceu que também existem fatores de incerteza na economia local.
Superadas as dúvidas quanto ao regime alvo, permanece outro foco de atenção dos agentes, que é a mudança do conselho de administração do Banco Central, admitiu. É, no entanto, algo que ficará resolvido este ano, considerou.
Ainda há incerteza no mercado em relação à política fiscal, mais especificamente à capacidade do governo de manter o quadro fiscal.
Essa dúvida, acredita o secretário, será amenizada com o envio do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025 ao Congresso Nacional. A proposta, disse, irá demonstrar “de forma clara, transparente e objectiva” como será mantida a consolidação fiscal, ao mesmo tempo que serão preservadas as políticas públicas que servem os mais necessitados de apoio do Estado.
Mello comentou que dificilmente o mercado acreditaria, no início deste ano, que o governo chegaria ao final do primeiro semestre “perto de cumprir a meta de zerar o déficit”. Destacou que, até o momento, os relatórios bimestrais de projeções de receitas e despesas não determinaram contingências de despesas (feito quando os números apontam para o descumprimento da meta fiscal ao longo do ano).
A arrecadação teve um bom desempenho e os analistas reconhecem que o movimento para reconstruir a base fiscal do Estado foi bem sucedido.
“É verdade que ainda não recuperamos totalmente o que foi perdido, que foi desmantelado ao longo dos últimos anos, mas estamos no processo”, afirmou. O aumento da receita não se baseia no aumento dos impostos, mas sim na correção de distorções. É, na sua opinião, uma entrega positiva do ponto de vista fiscal.
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