Desde que o Brasil assumiu a presidência do G20, em dezembro passado, a redução da desigualdade entrou na lista de prioridades do grupo que reúne as maiores economias do planeta. Alinhado a esse esforço para garantir a igualdade de oportunidades, o governo do Estado do Rio tem como pilares a garantia dos direitos das mulheres e o empoderamento feminino no mundo dos negócios.
Por meio do programa Empreenda+Mulher, parceria entre as Secretarias de Estado de Desenvolvimento Econômico e da Mulher, o governo do Rio de Janeiro mobiliza e conecta mulheres empreendedoras, com diálogo, capacitação, rodadas de negócios e oferta de crédito.
— O programa Empreenda+Mulher surge da necessidade de uma política pública que atenda, promova e fortaleça essas mulheres que são impulsionadores da economia do Rio de Janeiro. Existem muitas tarefas além de administrar seu próprio negócio. Foi necessário que demos apoio emocional, inspiração, além da parte técnica — afirma Karol Mendez, superintendente de Autonomia Econômica da Secretaria de Estado da Mulher.
Em pouco mais de um ano, a Empreenda+Mulher realizou seis encontros, que alcançaram mais de 1.200 mulheres, sendo 431 delas participando de rodadas de negócios com potencial de R$ 6,7 milhões em contratos futuros. As mesas de inspiração reúnem empresárias locais consagradas que compartilham experiências; representantes das secretarias estaduais, que tratam das políticas públicas; e empreendedores iniciantes, que compartilham dificuldades e conquistas.
— Na Empreenda+Mulher oferecemos treinamentos de alta qualidade, permitindo que nossos participantes adquiram conhecimentos essenciais para gerir e expandir seus negócios. Além disso, promovemos rodadas de negócios, facilitando a conexão entre empreendedores e potenciais parceiros, investidores e clientes. O governo do Estado está empenhado em criar um ambiente de apoio e desenvolvimento, onde cada mulher possa explorar ao máximo o seu potencial — destaca a superintendente da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Andréia Crocamo.
Entre os muitos desafios discutidos nestes eventos estão a desigualdade de oportunidades em relação aos homens, a multiplicidade de tarefas além da gestão do empreendimento e a dificuldade na obtenção de empréstimos.
— A questão de género é muito forte no acesso ao crédito. E, quando uma mulher é casada, ela obtém crédito mais facilmente do que quando é solteira. Também é muito importante identificar essa mulher: passar de “estou ajudando em casa” para “sou empresária”, “sou empreendedora”. Investimos muito em crédito e treinamento para que eles se entendam como gestores — afirma Karol.
Segundo o superintendente, apenas 9% das mulheres empreendedoras do Rio de Janeiro conseguiram empregar outras pessoas, e o governo do Estado está empenhado em aumentar esse percentual. Nos encontros da Empreenda+Mulher, as empresárias têm contato com representantes de bancos e outras instituições financeiras, tiram dúvidas e discutem possíveis financiamentos. O Empreenda+Mulher e outras ações do governo estadual serão discutidas em nível internacional no G20 social, que antecede a Cúpula de Líderes.
Selo certifica empresas que promovem os direitos das mulheres
O governo do Estado do Rio criou o Selo Empresa Amiga da Mulher. A certificação é destinada a empresas comprometidas com a promoção e defesa dos direitos das mulheres e já foi entregue a 32 organizações.
Um dos certificados é a 15ª Nota Fiscal, que segue os Princípios de Empoderamento da Mulher da ONU. Entre muitas ações, o cartório organiza e participa de iniciativas de empoderamento feminino, apoia instituições que apoiam a causa e promove endomarketing voltado para mulheres.
Acreditamos que o empoderamento feminino é fundamental para uma sociedade mais equitativa e próspera. O Selo Empresa Amiga da Mulher nos inspira a continuar promovendo iniciativas que garantam às mulheres as oportunidades e o apoio que precisam para liderar e inovar — afirma Michelle Novaes, notária adjunta e CEO do 15º Ofício.
Movimentos buscam reconhecimento de empresárias
Conciliar diferentes tarefas, ser respeitado como gestor e garantir o acesso ao crédito estão entre os desafios
Muitas mulheres que seguem o caminho do empreendedorismo optaram, como próximo passo, por criar movimentos para apoiar, desenvolver e incentivar empresárias em diferentes fases de suas trajetórias. O programa Empreenda+Mulher, do governo do Estado, apoia esses movimentos.
Há nove anos, Fernanda Oliveira fundou a escola de natação Splash e, três anos depois, criou o projeto Mulheres de Sucesso de Nova Friburgo:
— Meu primeiro desafio foi ser uma mulher empreendedora numa sociedade onde os homens sempre ditavam as regras. Ser respeitado foi um grande avanço e uma grande dor. O Mulheres de Sucesso une as mulheres para o desenvolvimento pessoal, social e empresarial. Oferece treinamento, networking, vendas de produtos, negócios.
Em junho, Fernanda foi curadora da Empreenda+Mulher de Nova Friburgo, edição simultânea da Fevest, maior feira de lingerie, moda praia e fitness da América Latina.
— Foram 25 horas de palestras e o evento contagiou a cidade.
Para Sonia Viana, uma difícil situação familiar durante a pandemia foi decisiva para abrir seu próprio negócio, o Fit com Tempero.
— Minha mãe ficou doente e tivemos alguns problemas financeiros. Foi então que decidi empreender. Escolhi algo que adoro, que é cozinhar, e optei por refeições saudáveis. Durante esse processo tive uma mentora que certa vez me levou a um evento para mulheres empreendedoras, onde me encontrei — conta Sônia, que nasceu em São Sebastião do Alto e mora em Niterói.
Em 2022, Sônia e uma amiga fundaram o movimento Saber+Universo Feminino:
— Começamos a promover eventos com palestras, relacionamentos, oficinas, as mulheres começaram a gostar. Participei de três encontros da Empreenda+Mulher: o lançamento no Palácio Guanabara, depois Niterói e Itatiaia. Às vezes você tem alto poder aquisitivo, mas tem dificuldade com suas emoções, com sua família, com seu dia a dia. Nisso nós, mulheres, somos iguais.
Kelly Gomes já teve uma loja de roupas e vendia joias e semijoias. Hoje participa do Empreenda + Mulher e se dedica ao projeto Reaja Mulher, que criou há quatro anos em Volta Redonda. O projeto ajuda mulheres vulneráveis a alcançar independência financeira.
— Uma das situações mais difíceis para mulheres em relacionamento abusivo é o retorno ao mercado de trabalho. É por isso que esses programas são tão importantes.
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