Enauta e 3R Petroleum começam a trabalhar de forma integrada em agosto | Empresas

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Além disso, segundo o executivo, em teleconferência com analistas sobre os resultados do segundo trimestre, a empresa ampliou os serviços de manutenção do FPSO PetroJarl, com conclusão em 26 de julho.

Oddone destacou que, a partir desta quinta-feira (1º de agosto), o Enauta e a 3R Petróleo começar a trabalhar de forma integrada. As empresas celebraram o acordo que resultou na combinação de negócios.

O diretor de operações da Enauta, Carlos Mastrângelo, disse que a empresa aguarda licenças do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para a extração do primeiro óleo.

No Ibama, disse o executivo, não há condições estabelecidas para o primeiro óleo. A ANP, notou, estabeleceu condições, mas os funcionários da agência estão em greve há 48 horas, o que poderá provocar possíveis atrasos na aceitação das restantes reivindicações.

Sem contratempos, Mastrângelo estima que o primeiro óleo do navio plataforma FPSO Atlanta pode ocorrer em agosto.

Novas oportunidades de negócios

A combinação entre Enauta e 3R Petroleum cria capacidade de desenvolvimento de novos negócios no setor de petróleo e gás natural, destacou Décio Oddone.

Segundo ele, a nova empresa resultante da fusão das duas petrolíferas cria um ator com “escala e diversificação”, tornando-o mais resiliente, com diversificação de riscos.

“A nova empresa [a partir de Enauta e 3R] tem capacidade de gerar uma quantidade significativa de sinergias”, afirmou.

Oddone observou que um possível atraso no primeiro petróleo do navio-plataforma de Atlanta está associado à realização de uma operação padrão por funcionários da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que respondeu às demandas dos agentes do setor no prazo de 30 dias.

A medição faz parte do movimento “Regulação de Valores” e os funcionários iniciaram uma greve de 48 horas quando as suas reivindicações não foram atendidas pelo governo. Oddone destacou que o “plano B” da empresa é a manutenção do FPSO Petrojarl, que já estava planejado para ser utilizado como “backup” em caso de desafios operacionais ou regulatórios.

Ainda na teleconferência, o diretor financeiro e de relações com investidores, Pedro Medeiros, afirmou que a Enauta espera continuar alongando prazos e reduzindo o custo médio da dívida, como ocorreu com a empresa no segundo trimestre, quando emitiu duas novas debêntures incentivadas, totalizando R$ 2,7 bilhões.

Política de dividendos e carteira de ativos

O conselho de administração da nova empresa resultante da fusão entre Enauta e 3R Petroleum se reunirá nesta quinta-feira (1º), disse Oddone.

Segundo ele, a pauta da primeira reunião da nova empresa envolve a politica de dividendos e a discussão sobre o carteira de ativos.

Oddone disse ainda que a empresa ainda conversa com Petrobrás na conclusão da aquisição de Campos petrolíferos de Uruguá e Tambaú e espera finalizar o acordo nos próximos seis meses.

Carlos Mastrangelo acrescentou que a agenda também abordará as sinergias imediatas que o negócio proporcionará, como a redução de custos nas campanhas de perfuração.