O terceiro debate entre os candidatos a prefeito de São Paulo, nesta segunda-feira (19), acabou vazio devido à ausência de Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (Psol) e José Luiz Datena (PSDB). Desistiram de participar devido ao tom belicoso adotado por Pablo Marçal (PRTB) nas duas reuniões anteriores.
Organizado pela revista Veja, ESPM, Paraná Pesquisas e escritório de advocacia Bonini Guedes, o evento contou com a presença de Tabata Amaral (PSB), Marina Helena (Nova) e Marçal.
Os púlpitos com os nomes dos candidatos ausentes foram expostos no debate, transmitido apenas pela internet. O evento acabou sendo marcado por uma dobradinha entre Maria Helena e Marçal, que evitou responder a maioria das perguntas – disse que o faria, após o evento, em seu perfil no Instagram, onde tem mais de 12 milhões de seguidores . Após o debate, o candidato do PRTB justificou a falta de respostas alegando que a “eleição mudou” e citando o peso das redes sociais no jogo político.
O tom do evento acabou sendo marcado pelas críticas às três ausências. “Você acha que gosto da Marina Helena e do Marçal, e do nível que o debate está tomando? Eu não gosto. Agora estou aqui cumprindo meu papel e meu dever. Se não aguenta uma provocação do Marçal, como vai conseguir lidar com a Câmara Municipal? Não dá para ser prefeito de São Paulo se não conseguir enfrentar uma provocação em um debate”, disse Tabata, que também usou as palavras “lamentável” e “covardia” para comentar as ausências.
O candidato do PSB destacou ainda: “Não tenho medo dessa revolta. Claro que isso prejudica a qualidade do debate, mas pegar a bola e fugir é uma atitude infantil, de menino.”
Maria Helena foi na mesma direção, chamando os candidatos ausentes de “covardes e fugitivos”.
“Os três decidiram não vir ao debate e estão colocando isso na minha conta? Quando acontecer alguma coisa na prefeitura, o que eles farão?” perguntou Marçal.
Acariciado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) Na semana passada, que apoia oficialmente a reeleição do prefeito Ricardo Nunes, Marçal disse que Bolsonaro nunca faltaria a um debate como o seu candidato.
“Você não é homem para ficar nessa cadeira”, disse o treinador sobre Nunes. “Você está pedindo ao governador artilharia pesada [Tarcísio de Freitas] contra mim, agora não vou poupar nada de você.”
Datena foi o único que não confirmou presença aos organizadores do debate. Nunes e Boulos, que até a semana passada estavam confirmados, decidiram não participar na última hora.
Marçal tem apostado em insultos e ataques à honra de candidatos – especialmente Boulos – para difundir nas redes sociais, o que lhe rendeu grande repercussão em vídeos cortados sobre sua atuação.
Na semana passada, o Ministério Público Eleitoral solicitou a abertura de inquérito à Polícia Federal para apurar o crime de divulgação de informações falsas do candidato do PRTB. No sábado (17), a Justiça Eleitoral concedeu a Boulos o direito de resposta nas redes sociais de Marçal por ter acusado o candidato do Psol, sem provas, de ser usuário de drogas. Marçal pode recorrer da decisão, mas disse aos jornalistas que abrirá espaço para Boulos responder na sua rede social: “Se ele pedir um vídeo, eu dou dois”.
Na ordem do dia da manhã desta segunda-feira, Ricardo Nunes comentou a ausência e defendeu a revisão do número de reuniões entre candidatos previstas até à primeira volta, no dia 6 de outubro.
“As campanhas devem reunir-se de forma civilizada e dialogar com os meios de comunicação para que possam ser estabelecidas regras claras e que sejam produtivas. Não apenas um teatro para as pessoas atacarem e usarem para recortar [nas redes sociais]”, disse ele.
O próximo debate marcado entre os candidatos a prefeito de São Paulo está marcado para o dia 1º de setembro, em evento organizado pela TV Gazeta e pelo portal MyNews.
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