O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou neste sábado (24) do São Paulopela primeira vez, de um ato da campanha de seu candidato Prefeitura da cidade, o deputado federal Guilherme Boulos (Psol), e defendeu a política contra candidatos antissistema que tentam desconsiderá-la.
Lula citou o momento de “política difícil”, mas destacou a melhora dos indicadores econômicos em um ano e oito meses de governo e lembrou as divergências que teve com Boulos quando o conheceu em 2005 —o candidato do Psol era então líder do Movimento de Trabalhadores Sem Teto (MTST).
“Tem muita gente falando que político é ladrão, que é isso, que é aquilo. É preciso ter cuidado para não colocar a raposa no galinheiro. Você vai acordar de manhã e não vai ter raposa nem galinheiro”, disse Lula, citando Jânio Quadros e Fernando Collor como presidentes eleitos com esse discurso e que ficaram pouco tempo no poder.
O presidente destacou a melhora da economia brasileira, com a menor taxa de desemprego em 14 anos e o controle da inflação, mas reclamou do preço do arroz, lembrando do leilão que seu governo quis realizar para comprar grande quantidade do produto para tentar manter o seu preço após a tragédia climática no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional. O leilão de arroz foi cancelado devido a suspeitas de irregularidades.
A manifestação em uma praça do bairro Campo Limpo, zona sul da cidade, reuniu ministros como Marina Silva (Meio Ambiente), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Silvio Almeida (Direitos Humanos), o que revela o peso dado pela governo federal às eleições no maior município brasileiro.
A presença de Lula na campanha é uma tentativa de melhorar o desempenho de Boulos, que está numericamente à frente dos demais, mas estagnou nas pesquisas recentes – chegou a cair em algumas pesquisas – dada a alta nas pesquisas de Pablo Marçal (PRTB). O treinador, porém, conta com mais votos da direita, principalmente do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que oficialmente conta com o apoio do bolsonarismo.
Boulos chama Marçal de “bandido”
Nunes e Marçal foram citados diretamente por Boulos, em seu discurso. O prefeito foi chamado de “incompetente”, enquanto o candidato do PRTB foi classificado como “criminoso”.
“[Eles são] Dois candidatos que representam o que há de pior na política brasileira, o bolsonarismo, que derrotamos com o presidente Lula há dois anos. Eles podem vir com seu jogo sujo e seu dinheiro sujo, eles não vão impedir o desejo de mudança. Vamos derrotar as duas faces do bolsonarismo na maior cidade do Brasil”, disse Boulos.
A ex-prefeita Marta Suplicy (PT), candidata a vice-presidente, declarou: “Não votamos em fake news digitais, mas em um cara que tem uma história. É isso que temos que dizer às pessoas, aos nossos familiares e vizinhos.”
Na pesquisa mais recente do Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (22), Boulos estava à frente numericamente, com 23% das intenções de voto. É seguido por Marçal, com 21%, e pelo atual presidente da Câmara e candidato à reeleição, Ricardo Nunes, que tem 19%. Os três estão tecnicamente empatados dentro da margem de erro da pesquisa, mais ou menos três pontos percentuais.
O candidato do Psol espera beneficiar do facto de ser apoiado pelo Presidente da República e espera que haja alguma transferência de votos, sobretudo entre os eleitores mais pobres, que estão maioritariamente com Ricardo Nunes, segundo diferentes sondagens.
Na convenção que oficializou a candidatura de Boulos, no final de julho, o presidente Lula disse que se sentia o candidato. O peso que ele dá ao pleito paulista é enorme, e tanto aliados quanto adversários concordam que o pleito de 2026 começa com a disputa na cidade. Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador do Estado e provável herdeiro do bolsonarismo, também colocou seu peso político a favor de Ricardo Nunes, seu candidato.
Lula se compara a Getúlio Vargas
Lula aproveitou a data para homenagear também o ex-presidente Getúlio Vargas, que deu um tiro no peito há exatos 70 anos.
“A elite paulista nunca gostou de Getulio, porque ele criou o salário mínimo, a CLT, tirou os trabalhadores da semiescravidão. Dois presidentes que cuidaram dos pobres deste país, Getúlio e Luiz Inácio Lula da Silva. Fomos os presidentes mais antigos deste país”, disse ele.
Assim como tem feito nos últimos meses, Lula organizou uma viagem a São Paulo, na sexta-feira (23), para participar do lançamento de uma fábrica de uma farmacêutica em Hortolândia (SP) que conta com recursos federais. Além do evento no Campo Limpo, o presidente também estará na Zona Leste da cidade, na tarde deste sábado, para mais um evento com seus candidatos no bairro São Miguel Paulista.
Antes do comício na praça do Campo Limpo, Lula passou na residência de Boulos, nas proximidades, para gravar material de campanha com seu candidato.
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