Federações da indústria de quatro estados brasileiros uniram forças para indústria química instalada no país e pediu, em correspondência enviada ao governo federal, na quarta-feira (28), o aumento das tarifas de importação de 65 produtos químicos e petroquímicos.
No documento, dirigido ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, as entidades pedem que “o conjunto de modificações tarifárias apresentado pela Abiquim seja aprovado integralmente na próxima reunião da Camex [Associação Brasileira da Indústria Química] relativa à importação de produtos petroquímicos”.
A correspondência é assinada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea) e Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). Todos os Estados possuem operações ou centros petroquímicos relevantes.
O setor químico vem alertando há meses as autoridades sobre o aumento das importações de diversos produtos petroquímicos a preços predatórios. Diante disso, encaminhou à Camex pedido de aumento temporário das tarifas de importação de 65 NCMs, incluindo resinas termoplásticas, visando conter o avanço das importações no mercado brasileiro. NCM é uma nomenclatura regional para categorizar bens adotada por países do Mercosul.
No ano passado, as importações, em volume, destes 65 produtos aumentaram 31,2%. Ao mesmo tempo, a indústria brasileira registrou o pior nível de ociosidade em 30 anos, de 36%.
Apoio ao programa Nova Indústria Brasil (NIB)
Na carta, as federações reiteram apoio ao programa Nova Indústria Brasil (NIB)um “caminho há muito defendido pelo setor privado para enfrentar obstáculos à maior competitividade e produtividade da indústria nacional, muitos dos quais concentrados em fatores externos às empresas”.
Mas salientam que os efeitos desta política industrial não serão imediatos, numa altura em que diferentes países adoptaram medidas para fortalecer os seus parques industriais. “Esse é o caso da indústria petroquímica brasileira. Temos um dos maiores mercados consumidores do mundo, um grande e diversificado parque petroquímico, porém, faltou-nos petróleo e gás”, diz a correspondência.
“É inconcebível que hoje, quando nos tornamos um dos maiores exportadores de petróleo e com a crescente produção de gás, assistamos à toa a destruição do parque industrial, construído com muito esforço, por políticas ativas de outros países, que descarregam excedentes de produção para preço de custo ou mesmo abaixo do custo de produção, no mercado nacional”, acrescentam as federações.
No primeiro semestre, segundo AbiquimA produção brasileira de produtos químicos para uso industrial caiu 1,14%, enquanto o volume de exportações caiu 27,5%, confirmando a dificuldade de competir com produtos de origem brasileira no mercado internacional.
As vendas internas cresceram 4,39% e o consumo aparente (CAN) cresceu 0,4%, impulsionados pelo aumento de 4,5% nas importações. No primeiro semestre, as importações representaram 45% da demanda brasileira.
No semestre, o nível médio de utilização da capacidade instalada da indústria foi de 63%, três pontos percentuais abaixo do registrado um ano antes. Nos fertilizantes, a queda foi de nove pontos percentuais, para 58%, com a hibernação dos dois fábricas de fertilizantes em Petrobrás que foram alugados por Unigel.
A petroquímica suspendeu as atividades nos “fafens” há meses, pois o negócio voltou ao prejuízo com a queda dos preços da ureia no mercado internacional, sem que a matéria-prima (gás natural vendido no Brasil) acompanhasse.
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