Apresentando no evento “Brasil rumo à COP 30“, organizado por Editora Globo em parceria com o Grupo CCRO ministro dos povos indígenas, Sônia Guajajaraabriu seu discurso aos empresários lamentando a falta de avanços significativos na mitigação dos efeitos da mudanças climáticas.
Na sua opinião, o debate sobre o compromisso de tomar medidas para não permitir temperatura média global um aumento de mais 1,5º tem sido feito há décadas, mas, até hoje, poucos resultados foram vistos.
“Não está tentando ser apocalíptico, está trazendo avisos. E nós, povos indígenas, já alertamos há algum tempo”, disse Guajajara.
Ela também destacou que as tragédias relacionadas com eventos climáticos extremos são dispendiosas e absorvem recursos muito mais elevados do que custariam as ações de mitigação e adaptação contra as alterações climáticas.
“No Pantanal ou na Amazônia já sofremos os impactos das mudanças climáticas”, disse. “A natureza reage buscando o reequilíbrio após décadas de ataque. E as perdas serão maiores do que quaisquer recursos gastos em adaptação e mitigação. Os impactos podem levar a sociedades ainda mais desestruturadas. É hora de colocar as preocupações ambientais no centro do projeto do país”, pediu.
O ministro comentou que é fundamental contar com empresas privadas para fortalecer uma economia verde no Brasil, aproveitando o potencial dos produtos decorrentes de uma bioeconomia no país. Mas ela reforçou os apelos para que os povos indígenas deixem de ser atacados em territórios onde iniciativas ilegais realizam atividades predatórias contra a natureza e as comunidades locais.
“Há muitos setores no Brasil que ainda estão atrasados”, declarou Guajajara. “Não podemos mais aceitar roubo de madeira e a mineração ilegal que destroem territórios homologados”, acrescentou. “Por esta razão, as grandes empresas podem assumir um papel de liderança na construção de um novo modelo de desenvolvimento social, económico e ambiental.”
O ministro lembrou que, em todo o mundo, as comunidades indígenas, que representam aproximadamente 5% da população global, ajudam a preservar 80% da biodiversidade. “São dados relevantes”, reforçou.
O ministro criticou então a prazo. “Uma legislação como essa traz insegurança e fortalece a violência nos territórios indígenas. Neste momento, vemos um aumento dos conflitos em pelo menos três estados, Paraná, Mato Grosso do Sul e Ceará. A violência contra os povos indígenas ainda é uma realidade muito cruel.”
Para Guajajara, existe uma cegueira no Brasil, em alguns setores, que faz com que as pessoas vejam erroneamente os indígenas como ameaças à produção econômica. “É possível avançar na produção agrícola sem desmatar e sem violar os povos indígenas”, disse. “A natureza preservada é um ativo para o futuro e para o presente.”
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