Ó intercâmbio a economia doméstica foi severamente penalizada na sessão desta quinta devido a um ambiente externo avesso ao risco e às incertezas quanto à contenção dos gastos governamentais — que deverá ser anunciada na segunda-feira, juntamente com a divulgação do terceiro relatório orçamentário bimestral para 2024. Com isso, Ó dólar comercial saltou quase 2% e fechou no maior nível desde 2 de julho, mesma sessão em que a moeda americana foi cotada a R$ 5,70 e um dia antes do real iniciar sua recuperação das últimas semanas.
O dólar à vista fechou em alta de 1,89%, a R$ 5,5872, após tocar a máxima intradiária de R$ 5,5892 e a mínima de R$ 5,4800. O euro comercial saltou 1,54%, a R$ 6,0889.
No exterior, por volta das 17h30, o índice DXY – que mede o dólar frente a uma cesta de seis pares de moedas – avançava 0,42%, a 104,19 pontos, impulsionado por um ganho de mais de 1% da moeda americana frente ao iene. Na comparação com pares reais, o dólar subiu 1,27% frente ao peso mexicano; 0,88% em relação ao peso chileno; e 0,59% em relação ao peso colombiano.
Embora o cenário externo tenha pesado, o real se destacou negativamente e registrou o pior desempenho do dia entre as 33 moedas mais líquidas monitoradas pelo Valor. Há receio entre os participantes no mercado de que a redução da despesa a anunciar pelo governo na próxima semana fique aquém do esperado e considerado necessário para cumprir as metas fiscais.
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Eduardo Cotrim, sócio e gestor da JGP, acredita que o governo deve entregar uma redução de gastos discricionários em cerca de R$ 15 bilhões, além de um corte de cerca de R$ 5 bilhões com “medidas de pente fino na previdência” para manter as despesas dentro do limite estabelecido pelo quadro fiscal. Ele também estima que, devido à atividade mais forte e ao mercado de trabalho no Brasil, a receita do governo também superou as estimativas e, portanto, há um caminho para o governo cumprir a faixa inferior da meta de déficit primário zero em 2024, com um déficit de 0,25% do PIB – o que representaria cerca de R$ 29 bilhões em termos absolutos.
“Essa contingência será para cumprir o quadro em 2024 e parece que há um compromisso do governo para o conseguir”, afirma Cotrim. O que causa mais apreensão no mercado, segundo ele, é a formulação do orçamento de 2025 e sua sustentabilidade diante do aumento maior que o esperado das despesas obrigatórias.
“O ambiente de receitas permite um crescimento das despesas de 2,5% (em relação ao ano anterior), mas ainda é apertado”, afirma Cotrim, considerando que, sem receitas elevadas, o governo pode acabar sufocado. “Por isso o mercado está ansioso e espera mais medidas estruturais, que farão diminuir o ritmo de crescimento das despesas.”
Às vésperas da apresentação do relatório orçamentário bimestral, Cotrim afirma que a JGP tem posições leves nas taxas de juros (aposta na alta das taxas) e compradas em dólares (aposta na alta da moeda americana), mas destaca que são mais atrelado às incertezas com o cenário externo, à medida que se aproxima o corte da taxa de juros do Federal Reserve (Fed) ao mesmo tempo em que a eleição presidencial nos Estados Unidos começa a cobrar seu preço.
“Desabituámo-nos ao ruído ligado ao mandato do [ex-presidente Donald] Trump”, diz Cotrim, que classifica o republicano como um presidente “mais barulhento” em comparação com Biden. A baixa volatilidade que marcou os mercados do Brasil e do exterior ao longo do primeiro semestre deve dar lugar a um ambiente de maior volatilidade no restante de 2024, projeta o gestor.
“Por mais que a questão fiscal tenha entrado em pauta, tenho dificuldade em afirmar com clareza que as condições de mercado se deveram única e exclusivamente ao lado fiscal”, avalia. “Acreditamos que, no médio prazo, o próximo ciclo monetário [no Brasil] haverá aumento dos juros, mas não necessariamente porque há um problema fiscal, mas porque a economia está mais forte do que se imagina”, afirma.
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